Transição quer R$ 150 bilhões a mais do que o previsto para 2023

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A equipe de transição defendeu, durante reunião com o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta sexta-feira (25), gastar no próximo ano cerca de R$ 150 bilhões a mais do que está previsto na proposta orçamentária de 2023 enviada pelo governo Jair Bolsonaro ao Congresso.

O cálculo do acréscimo de gastos públicos foi feito com base nas despesas feitas pela gestão Bolsonaro em 2022.

Participaram da reunião com Lula, a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffman, o senador Jaques Wagner (PT-BA), e o senador eleito Wellington Dias (PT-PI) – que formam a equipe de negociação do presidente eleito no Legislativo.

O projeto de orçamento enviado pela equipe de Bolsonaro prevê um total de despesas de 17,6% do PIB no próximo ano. Ou seja, haveria um espaço de quase R$ 140 bilhões para ser acrescentado na proposta de Orçamento de 2023. Com a correção pela inflação, o valor poderia chegar a R$ 150 bilhões, sem estourar o teto dos gastos públicos.

Para se chegar aos R$ 175 bilhões de gastos defendidos pela equipe de Lula para bancar o Bolsa Família, seria necessário furar o teto em somente R$ 25 bilhões.

O senador eleito Wellington Dias já esteve com Tasso Jereissati para negociar ajustes na sua proposta para adequá-la ao projeto do presidente eleito, que visa bancar o Bolsa Família, programas como Farmácia Popular e evitar a paralisação de obras.

Durante a reunião, ficou acertado ainda que o senador Wellington Dias seguirá nas negociações em torno da PEC do Bolsa Família e do Orçamento de 2023, enquanto o senador Jaques Wagner e o deputado Alexandre Padilha (PT-SP) irão comandar as conversas visando a formação da base aliada de Lula no Congresso Nacional.

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