Greca anuncia que tarifa de ônibus em Curitiba não vai subir até o fim de 2024

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O prefeito Rafael Greca anunciou, nesta quinta-feira (11/5), que a tarifa de ônibus de Curitiba, atualmente em R$ 6, não terá reajuste até o fim de 2024. A tarifa é tradicionalmente reajustada em março de cada ano, com base na variação dos custos do transporte coletivo. “A ideia é que não tenhamos aumento, temos condição de fazer isso”, disse o prefeito, pouco antes de participar do Workshop Modelos de Negócio para Eletromobilidade, no Complexo Imap no Parque Barigui. Na ocasião, Greca, acompanhado do vice-prefeito Eduardo Pimentel, anunciou investimentos de cerca de R$ 200 milhões na compra dos primeiros 70 ônibus elétricos da capital.

O presidente da Urbanização de Curitiba (Urbs), Ogeny Pedro Maia Neto, lembra que o custo da compra dos ônibus elétricos anunciada hoje não terá impacto imediato na tarifa.

Para manter a tarifa a R$ 6, o subsídio previsto para o sistema de Curitiba em 2023 é de cerca de R$ 200 milhões. O recurso é para bancar a diferença entre a tarifa paga pelo usuário (R$ 6) e a tarifa técnica (R$ 7,32) que representa os custos reais do sistema.

Primeiros ônibus elétricos de Curitiba devem começar a rodar em junho de 2024

“Os primeiros elétricos devem entrar em operação em meados do próximo ano, então não teremos impacto na tarifa até o fim de 2024”, disse Maia Neto, ao destacar que, ao longo da vida útil, o ônibus elétrico é mais barato do que o movido a diesel. “Apesar de ter maior custo de aquisição, o veículo elétrico tem menor custo de manutenção e uma vida útil entre 16 e 18 anos, contra dez anos dos modelos a combustão.”

Gratuidade

Greca também falou da mobilização, no âmbito da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), para que o governo federal arque com os custos da gratuidade dos idosos, medida que esteve em vigor no ano passado e os municípios pedem que seja renovada de 2023 a 2027.

Somente neste ano, o subsídio federal à gratuidade pode significar, para Curitiba, de R$ 60 milhões a R$ 70 milhões, segundo o presidente da Urbs.

“As gratuidades representam 16% dos custos. Sem elas, poderíamos ter uma tarifa técnica de R$ 6,17”, afirmou Maia Neto. Junto dessa pauta, o município vem trabalhando ativamente para a criação de um marco regulatório nacional para o setor, a manutenção da desoneração da folha de pagamento e ainda a criação de uma governança metropolitana, com a participação dos municípios que integram com Curitiba no custeio, eliminação de linhas sobrepostas e a sincronização de itinerários. Com ela, segundo cálculos do presidente da Urbs, seria possível reduzir em 20% o custo do transporte metropolitano.

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