Finalmente! Depois de quase 10 anos de muita enrolação e treta, ele está entre nós, o primeiro filme solo de um dos maiores heróis da DC! 

Durante todo esse período o filme encheu os fãs de expectativas e também muitas preocupações devido às polêmicas que o ator Ezra Miller se envolveu nos últimos anos. Inclusive lembro que até rolavam burburinhos se Ezra Miller continuaria no filme ou não. 

Em meio às polêmicas do protagonista, uma incessante troca de chefia da Warner/DC durante as filmagens e mais um adiamento atrás do outro, após praticamente uma década podemos vivenciar esse acontecimento que é o The Flash. 

Não podemos negar, depois de tanto flop de conteúdos da DC, como no caso Shazam e Adão Negro, pra muitos fãs a régua de expectativa estava baixíssima, beirando apenas à curiosidade, régua essa que (na minha opinião) já é trincada nos primeiros minutos do filme. 

A trama mostra um Flash/Barry Allen (Ezra Miller) introspectivo, tímido, sem amigos, confuso e muito ansioso ( essa última característica faz muito sentido para um flash, não é mesmo?), tentando tapar os buracos dos deveres da Liga da Justiça, ao mesmo tempo atormentado com a morte de sua mãe e fazendo de tudo para provar a inocência do seu pai que é o principal acusado do assassinato.

Envolto em tantas complicações, Barry acaba tendo um surto nervoso e aumentando cada vez mais a sua velocidade, descobre sua mais nova capacidade, a de voltar no tempo! E é aí que chegamos no cerne da história. “Se é possível voltar no tempo, é possível impedir a morte da minha mãe!”, é o que pensa Barry Allen quando se vê cercado de memórias de minutos, horas e anos atrás. Mas será mesmo que o Flash poderia alterar facilmente os acontecimentos da sua história em um momento em que as teorias do multiverso estão mais fortes do que nunca?

Divulgação: Warner

De um tempo pra cá o tema Multiverso tem sido um hype real da cultura pop, várias produções surgiram trazendo essa abordagem, começando claro, com as produções Marvel, como “Homem Aranha: Sem volta pra Casa”, “Doutor Estranho no Multiverso da Loucura”, passando por “Homem Aranha no Aranhaverso”, “Homem Aranha através do Aranhaverso” e sem esquecer do filme ganhador do Oscar 2023, “Tudo em todo lugar ao mesmo tempo”. 

E com o multiverso mais presente do que nunca, o tema também bate o cartão nesse tão esperado universo compartilhado da DC. (Será que agora vai?) Confesso que o final do filme traz uma pontinha de esperança que isso pode acontecer! 

Um dos pontos altos nesse multiverso do Flash, é a participação do Batman de ninguém mais, ninguém menos que Michael Keaton, revivendo o “Batman” de 1989 e “Batman: O Retorno” de 1992! Sensacional! E não podemos deixar de mencionar a ausência do Superman nesse multiverso recém descoberto por Barry Allen. E no lugar dele, temos uma versão alternativa, a Super Girl! Que traz uma energia bem Capitã Marvel mas com muito mais audácia e presença. Seria ótimo ver a personagem em novas produções da DC. 

Divulgação: Warner

Além de ser um filme de ação, “The Flash” também é uma comédia, te surpreendendo com piadocas quando você menos espera. Para quem não gosta muito de risadas gratuitas talvez esse seja um ponto negativo do filme, mas sinceramente ( e eu vou expressar a minha opinião de novo), acho que só acrescenta positivamente pra história e aumenta mais ainda o nível de empatia que temos por Barry – seja qualquer um dos dois.

Por falar nisso, o quão incrível foi a interpretação de Ezra Miller na versão Barry Allen do multiverso! Um cara desconstruído, dividindo um apartamento com amigos e saindo com garotas (!!), totalmente diferente do Barry original que tem a vida pautada em perdas. Até podemos perceber o quando Ezra estava à vontade na interpretação do personagem, talvez pelo nível se similaridade com a sua própria personalidade. (Será?)

O filme “The Flash” é definitivamente um grande acerto da DC. Tem seus inúmeros pontos altos e também seus poucos erros, como alguns efeitos de qualidade duvidosa e participações desnecessárias, apenas para gerar uma curta onda de emoção no público.
E sobre o Fã Service, ah! O buffet é bem servido! 

Não tenho dúvidas que um segundo de Flash será produzido em breve, porém, será mesmo que seria uma boa ideia? Aguardamos. Enquanto isso, vale muito a pena assistir “The Flash” nos cinemas. 

AVALIAÇÃO: ★ ★ ★ ★ ★

 

 

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