Objetivo é promover a economia circular, sem uso de dinheiro e com itens arrecadados pelos alunos e familiares
Os festejos juninos serão realizados de forma solidária e colaborativa pelos familiares e alunos de uma escola do bairro Capão Raso, em Curitiba. Com o objetivo de movimentar a economia circular, a Escola Pedro Apóstolo convidou pais, mães, responsáveis e alunos a compartilharem brinquedos usados e alimentos para montar o festejo do ano de 2023. Tudo fornecido pelas famílias e pela escola, sem uso de dinheiro. Além disso, a festa, que acontece neste sábado (17), também movimenta uma arrecadação de roupas para a campanha do agasalho.
Como já é de costume, a comunidade escolar preparou um momento de partilha e gratidão. Mas, para isso, a colaboração das famílias foi indispensável. O objetivo é manter uma festa no qual o consumo não seja o centro das atenções. As prendas enviadas pelos familiares, por exemplo, tiveram que ser obrigatoriamente brinquedos ou livros usados dos próprios alunos, que estivessem em boa qualidade. Os objetos foram trocados por fichas que, por sua vez, serão usadas para a participação na quermesse. Dessa forma, as crianças ganharão prêmios que foram doados pelos colegas.
A diretora e pedagoga da Escola Pedro Apóstolo, Carolina Paschoal, acrescenta que nenhum brinquedo ou livro poderia ser novo, ou seja, comprado justamente para a festa junina. “O objetivo da economia circular é repassar a outras pessoas aquilo que não usamos, mas que nem por isso perde a utilidade. Como instituição de ensino, queremos mostrar não só aos alunos, mas aos seus pais e responsáveis que, para fazer a alegria das crianças, não é necessário comprar e sim olhar para dentro das caixas de brinquedos de casa e tornar algo que já não tinha mais sentido dentro do lar, um brinquedo inédito para o próximo. Além do consumo consciente e despesas desnecessárias, ensinamos aos alunos a importância de doar e principalmente que causamos menos impacto no meio ambiente”, comenta a diretora.
Junto com as brincadeiras, os alunos farão apresentações de dança para animar a festa junina. Cada turma teve uma rotina de ensaios direcionada para a apresentação para compor o conjunto de atividades típicas dos festejos.
Quitutes
Assim como qualquer comemoração junina, não podem faltar os famosos comes e bebes. No caso das comidas, o chamado da escola aos familiares foi para que doassem os alimentos para a instituição, que se responsabilizou pelos preparativos das guloseimas da festa. Funcionou da seguinte forma: cada aluno recebeu um tipo de alimento para levar à escola, para serem preparados pelas profissionais da cozinha da instituição e que, no dia da festa, será servido à vontade.
“Dessa forma, queremos que as famílias ao chegarem à nossa festa só se preocupem com a diversão e, é claro, com boa comida. Também é uma forma de evitar a circulação de dinheiro. Todas as pessoas que participam da celebração junina poderão saborear o que foi produzido sem se preocupar com o que será gasto ou não. Tudo já estará pronto para a confraternização”, comenta a pedagoga.
No caso das bebidas, os familiares poderão levar aquilo que quiserem beber, desde que não sejam itens com teor alcoólico. Conforme combinado com a escola, também não será permitido o consumo de cigarros durante a festa.
Campanha do Agasalho
A diversão também está ligada à solidariedade com aquelas pessoas que mais precisam de assistência nos dias rigorosos do inverno curitibano. Por isso, cada estudante que participa da festividade teve direito a três convites que foram retirados na secretaria da escola mediante a troca por peças de roupa (uma para cada convite) e que serão doadas para a campanha do agasalho.
“Esta é uma forma de juntarmos um momento de confraternização das famílias na nossa comunidade com um movimento importante para pessoas que mais precisam de roupas para enfrentar os dias de temperaturas baixas. Por isso, peças de roupa de qualquer tamanho puderam ser trocadas pelos convites. Nossa expectativa é arrecadar mais de mil peças entre agasalhos e calçados”, explica a pedagoga.
Sobre a Escola Pedro Apóstolo
Respeito ao próximo, igualdade, humildade e liberdade de expressão. Esses foram os principais valores que inspiraram a criação da Escola Pedro Apóstolo. Mais de vinte e cinco anos depois, a instituição orgulha-se de ter mantido seu foco e expandido sua atuação. Sediada em um terreno localizado no bairro Capão Raso, com 2.984 metros quadrados, atualmente atende alunos da Educação Infantil ao Ensino Fundamental II e oferece aulas em meio período (matutino e vespertino), intermediário e integral bilíngue.
A Escola Pedro Apóstolo foi fundada em 1997 pelos pedagogos Odilon Augusto Paschoal e Dircea Paschoal. A ideia do casal era que a escola apresentasse um ensino no qual o aluno pudesse ser visto como único e que as habilidades dele fossem valorizadas e estimuladas por meio de aulas dinâmicas, professores capacitados, comprometidos e experientes com o olhar cuidadoso e atendimento individual. Mais tarde, sua filha Carolina Paschoal assumiu a direção geral da escola e já atua há 18 anos na instituição.
A formação integral do aluno é o propósito da escola e consiste no aprimoramento do desenvolvimento intelectual aliado ao emocional. Com ambientes projetados para que os alunos se sintam pertencentes do seu espaço, há uma constante busca por novas tecnologias, formação continuada e metodologia de ensino.
Escola Pedro Apóstolo
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