Brasil desenvolve tecnologia própria e exclusiva de piscinas de ondas para a prática do surf

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O campeão mundial de surf, embaixador e sócio da Surf Center, Adriano de Souza, o Mineirinho, a embaixadora do surf feminino no Brasil e da Surf Center, Marina Werneck e o shaper da Powerlight e técnico da seleção brasileira de Surf, Guga Arruda Créditos: Miriane Figueira

O gerador de ondas GT3K da Surf Center tem custo de venda em média 1/3 menor do que os concorrentes pelo mundo e com custo operacional e de manutenção mais baixos; a expectativa é inaugurar 20 novos clubes de surf nos próximos sete anos por todo o Brasil e também no exterior

Com tecnologia 100% brasileira, a Surf Center lançou o primeiro clube com piscina de ondas coberta e aquecida do mundo para a prática do surf , que será inaugurado no segundo semestre de 2024, em Curitiba. O gerador de ondas GT3K da Surf Center é o primeiro 100% nacional no segmento de ondas artificiais dinâmicas com patente depositada. Com tecnologia inteligente, a flexibilidade permite criar diversos tipos de ondas, exclusivas para cada praticante, além de baixo custo operacional e de manutenção, já que o mecanismo para a fabricação fica fora da água. “Conseguimos produzir uma tecnologia 100% própria, com custo de venda em média 1/3 menor do que os concorrentes pelo mundo e com custo operacional e de manutenção mais baixos”, conta um dos idealizadores do projeto e CEO da Aloha Investimentos, grupo com mais de 20 anos de experiência no mercado de surf, Fabricio Stedile.

Junto com o time de sócios, está o campeão mundial de surf, Adriano de Souza, o Mineirinho. “A democratização do surf é um sonho de qualquer profissional. Contar com uma piscina de ondas para a prática do esporte em uma cidade que não possui praias é fundamental para difundir, incentivar e fazer com que o surf cresça cada vez mais em nosso país”, afirma.

Tecnologia própria, 100% brasileira

Já usada em centenas de piscinas de ondas em todo o mundo, a tecnologia pneumática usa o ar comprimido para gerar energia. Para empurrar a água e fazer as ondas, acontece a pressurização de diversas câmaras ao longo da parede traseira da piscina, com o sopro e ventilação do ar. Essa pressão é que indica o tamanho e formato da onda liberada pela piscina.

Foram oito anos para desenvolver um sistema gerador de ondas que competisse com as tecnologias de terceira geração existentes no mercado. “O principal diferencial de nossa tecnologia é ter um arranjo construtivo para geração de ondas em uma instalação compacta, que associa um sistema pneumático de impulsionamento de água com um perfil de fundo especialmente projetado para aproveitar melhor o potencial energético da onda, gerando economia e viabilidade para o negócio”, afirma um dos sócios da Surf Center e fundador da Brasil Surf, Luiz Pexe.  “O sistema é comprovado e confiável, relativamente simples e com baixo custo de manutenção”, completa.  Todos os equipamentos, maquinários e softwares usados na tecnologia são também nacionais, o que impacta diretamente no custo total de implantação.

A piscina de ondas da Surf Center pode ser replicada em qualquer lugar, em um espaço de um campinho de futebol. Com 40 x 90 m, já é possível reproduzir a tecnologia exclusiva da Surf Center. Em áreas menores, os custos associados à construção são mais baixos, bem como operações e manutenção – tudo isso reduzindo o impacto no meio ambiente: menos escavação, menos concreto, menos vedação de solo e menos uso da água. “A tecnologia exclusiva proporciona condições ideais de implantação da instalação em áreas urbanas, dadas suas características de construção em um modelo compacto o suficiente para grandes cidades, resorts e até instalações privadas. Não há limite máximo de área, pois nossa tecnologia é modular, ou seja, mais módulos podem ser adicionados para estender o comprimento das ondas e, consequentemente, o tempo de surf”, comemora Luiz.

A acessibilidade e menor custo de implantação já gerou interesse pela piscina de ondas da Surf Center em outras localidades. “Estamos em negociação em locais como Brasília, Grande ABC, São Paulo, Mato Grosso do Sul, interior do Paraná e Nordeste, com expectativa de inaugurar 20 novos clubes de surf nos próximos sete anos, por todo o Brasil e também no exterior”, afirma.

Ondas moduláveis

A equipe de automação da empresa, responsável também pelo desenvolvimento do gerador de ondas GT3K da Surf Center, criou uma pulseira inteligente que permite que surfistas de diferentes níveis possam surfar no mesmo horário: a tecnologia exclusiva identifica o praticante do esporte, produz a onda conforme suas habilidades e avisa o momento que a onda perfeita para ele irá entrar na piscina. Funciona assim: todos os sócios da Surf Center poderão selecionar o nível de surf em seu cadastro. Quando ele chega para a sessão, receberá uma pulseira com seus dados e as informações serão repassadas automaticamente para o equipamento emissor das ondas, que colocará o praticante no circuito das ondas liberadas naquela hora. Um telão, fora da piscina, mostra a ordem das ondas emitidas, conforme os dados de cada praticante, e chama o surfista quando for a vez da sua onda perfeita. “A tecnologia oferece uma onda perfeita para cada praticante, com mais de dez subníveis de ondas dentro das categorias principais, o que permite que a experiência seja exclusiva para cada sócio do Surf Center”, afirma Stedile. Além da experiência de surfar uma onda adaptada para cada praticante, com segurança, a tecnologia da Surf Center permite que o surfista se aventure em ondas de diferentes níveis, em busca da evolução no esporte.

A tecnologia usada é a RFID, que funciona por meio de transmissão via rádio, permitindo o armazenamento e a retenção de informações, com um chip e uma antena que permitem a comunicação entre o usuário e a central de controle. O desenvolvimento da pulseira inteligente permite também que as possibilidades de surf na piscina de ondas sejam ilimitadas. “Não terá a hora do iniciante, nem do avançado. Todos poderão surfar juntos, integrando diferentes níveis e proporcionando a interação entre os sócios, independentemente do nível de cada um”, comemora.

Previsão das ondas: até um metro de onda em Curitiba

Com mais de 1.400 metros quadrados, a piscina de ondas da Surf Center na capital paranaense irá oferecer ondas de direita moduláveis e adaptáveis para todos os surfistas, de crianças a adultos de todas as idades, desde os praticantes iniciais até os profissionais do esporte.  As ondas podem variar de meio metro a um metro, com duração de 8 a 12 segundos.

Será o primeiro Clube de Surf com piscina de ondas aquecida e coberta do mundo: além das ondas, os sócios usuários terão acesso um centro de treinamento completo, com Crossurf, academia de musculação, surf skate park, ginástica natural, entre outras práticas, além de loja de surf e acessórios, vestiários e um espaço voltado a família, em uma área de 3.400 m².  O clube de surf também irá promover campeonatos para todas as categorias, surf trips e um projeto social para democratizar o esporte entre crianças e adolescentes carentes.

A piscina de ondas está localizada a três minutos do Parque Barigui, dentro do Parque Damasco, complexo arquitetônico baseado em cinco eixos de ocupação: hospitalar, de alimentação, residencial, comercial e de lazer, com o objetivo de se tornar um local permanente de entretenimento e um novo marco paisagístico da capital.

O time de idealizadores da Surf Center conta também com Vilson Balioli, irmão do Luiz Pexe, sócios fundadores da Brasil Surf, empresa que há 20 anos é líder em metodologia de ensino de Surf, com sede em Curitiba e um espaço totalmente voltado ao condicionamento físico e treinamento de amantes do surf de todos os níveis. A embaixadora do surf feminino no Brasil, Marina Werneck também está no time, que conta também com o diretor comercial do empreendimento, Thiago Zonin e o diretor de expansão, Mario Henrique Lima. Além deles, o engenheiro Daniel Linhares, responsável pelo projeto de desenvolvimento da piscina, o economista Marcelo Piragibe Santiago, que estruturou o plano de negócios para viabilizar a piscina de ondas e replicar o modelo de negócio em outras localidades, e o empresário Marlus Senger, completam o time de sócios.

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Um dos idealizadores da Surf Center e CEO da Aloha Investimentos, Fabricio Stedile e o campeão mundial de surf, embaixador e sócio da Surf Center, Adriano de Souza, o Mineirinho. Créditos da Foto: Miriane Figueira
O campeão mundial de surf, embaixador e sócio da Surf Center, Adriano de Souza, o Mineirinho, a embaixadora do surf feminino no Brasil e da Surf Center, Marina Werneck e o shaper da Powerlight e técnico da seleção brasileira de Surf, Guga Arruda. Créditos da Foto: Miriane Figueira
Os sócios da Surf Center, o idealizador da Brasil Surf, Luiz Pexe e o campeão mundial, Adriano de Souza, o Mineirinho. Créditos da Foto: Miriane Figueira

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