Os deputados estaduais aprovaram nesta quarta-feira (30), em segunda votação, a criação do Dia de Conscientização sobre a Dermatite Atópica, a ser celebrado em 23 de setembro no Estado do Paraná. A proposta (PL 453/2023) foi apresentada pela segunda-secretária, deputada Maria Victoria (PP).
A deputada defende a necessidade da criação da data para alertar a sociedade sobre a importância da informação correta e da conscientização a respeito da dermatite atópica, uma doença genética, crônica que causa inflamação da pele, lesões e coceiras, mas não é contagiosa e normalmente é hereditária.
“A grande maioria dos brasileiros desconhece a dermatite atópica e a conscientização sobre a doença é a melhor forma de oferecer os tratamentos adequados e combater o preconceito. Precisamos comunicar que a dermatite atópica não é contagiosa e muitas vezes o tratamento é relativamente simples”, pontua.
Dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) apontam que 59% dos brasileiros já tenham apresentado pelo menos um dos sintomas característicos da dermatite atópica. Porém, o diagnóstico correto para a doença ocorreu em apenas 1% dos casos. Outros 2% dos casos foram diagnosticados como alergia.
De acordo com a deputada, o objetivo é que o dia 23 de Setembro passe a ser marcado por ações de saúde como exames gratuitos, palestras e capacitação para disseminar a boa informação, espalhar a compreensão e fazer a diferença positiva na vida das pessoas afetadas pela dermatite atópica. “Informação correta é o caminho para acabar com o preconceito e facilitar os diagnósticos”, reforça.
Audiência Pública
No dia 18 de Setembro, a Assembleia Legislativa realizará uma audiência pública para debater a criação da Política Estadual para Diagnóstico Precoce e Tratamento da Dermatite Atópica. A Política Estadual foi também proposta pela deputada Maria Victória e está em análise na Assembleia (Projeto de Lei 502/2023).
O evento reunirá médicos especialistas da área; representantes do Ministério da Saúde, da Secretaria da Saúde, das Associações de pacientes e dos laboratórios. “Será um debate franco e enriquecedor, queremos ouvir aqueles que possuem o conhecimento técnico e a vivência sobre a doença. Esperamos receber ideias e sugestões para aprimorar o projeto de lei”, afirma Maria Victoria.