Pedagoga explica como a permanência dos alunos por mais tempo nas instituições permite o desenvolvimento de habilidades em atividades esportivas, culturais e tecnológicas, por exemplo
Com a aproximação do final do ano de 2023, os pais, mães e responsáveis começam a pensar nas matrículas e rematrículas para o ano que vem. E um dos assuntos levantados neste período são as vantagens do ensino em tempo integral. Trata-se de um formato de aprendizagem que busca suprir demandas da comunidade escolar e da sociedade com a integração de áreas do conhecimento. Os estudos dos alunos em tempo integral vão além dos turnos nos quais tradicionalmente as escolas oferecem vagas, como manhã, tarde e noite. Ou seja, os estudantes passam mais tempo nas instituições de ensino, com atividades variadas.
O tema ganhou novo impulso neste ano de 2023 devido a aprovação de uma lei federal que estabelece metas e diretrizes para a ampliação de matrículas nessas características nas escolas públicas para os próximos anos. Segundo Carolina Paschoal, que é pedagoga e diretora da Escola Pedro Apóstolo, de Curitiba, matricular um estudante em tempo integral significa alinhar o ensino tradicional de disciplinas do currículo escolar, previstas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), com os componentes complementares que aprimoram o ensino do aluno, como aulas de música, dança e esportes.
“Ter um estudante na educação em tempo integral não é apenas um benefício aos pais que trabalham o dia todo e não podem ficar em casa com as crianças e adolescentes. Mas é um benefício principalmente aos alunos que desenvolvem competências e habilidades alinhadas às disciplinas como português, geografia e história e enxergam ainda mais o sentido da educação na prática. É uma forma de impulsionar o desenvolvimento deles como cidadãos”, diz.
Neste aspecto, a pedagoga explica que há uma diferença que precisa ser explicada, entre educação integral e educação em tempo integral. Conforme a BNCC, ter um ensino integral significa, entre outros pontos, a formação de uma sociedade mais justa, democrática e inclusiva. Em outras palavras, quer dizer o desenvolvimento humano global, conforme as necessidades e as possibilidades dos alunos, além das demandas da sociedade. “Isso independe do tempo em que o estudante fica na escola. Seja nos tradicionais turnos ou por mais tempo, a educação integral deve sempre acontecer para todos os alunos. A diferença é que no ensino em tempo integral, existe mais tempo e atividades variadas para os alunos desenvolverem suas competências”, afirma.
Carolina aponta seis vantagens da educação em tempo integral. Confira!
1 – Aumentar o rendimento do aluno
Com mais tempo na escola, o estudante tem a oportunidade de ter apoio pedagógico em diferentes áreas do conhecimento. Com isso, pode esclarecer melhor as dúvidas que possam surgir durante as atividades em sala de aula, e ter apoio na aprendizagem para as disciplinas em que apresenta mais questões a aprimorar. “Fazer as atividades na escola é uma oportunidade de ouro para os alunos poderem ter acesso, durante os estudos, a toda a estrutura da instituição e estar perto dos professores e da equipe pedagógica. Isso resulta em melhoria no rendimento do estudante”, diz.
2 – Integrar atividades ao currículo comum
Além do foco na aprendizagem intelectual, o ensino em tempo integral possibilita ao aluno ter acesso a atividades que aprimoram o desenvolvimento em áreas como cultura, esportes, tecnologia, meio ambiente e apoio emocional. “Essas atividades permitem que as crianças e jovens desenvolvam suas habilidades de trabalho em equipe, aprendam a respeitar regras e consigam compreender temas trabalhados em outras disciplinas de forma mais ampla”, explica Carolina. Além disso, com essa modalidade de ensino, o colégio consegue suprir a demanda das famílias que, em alguns casos, precisam buscar outros cursos para os filhos.
3 – Dar amparo emocional e aprimorar a autonomia
A infância e a adolescência são fases que precisam de atenção redobrada para o desenvolvimento emocional. Por isso, na educação de tempo integral, a possibilidade de os estudantes terem acesso, por meio da equipe escolar, ao apoio às suas emoções, ou mesmo o autoconhecimento sobre o assunto, é uma chance para melhorar a autoestima desses alunos. “O conhecimento sobre si mesmo é necessário para que essas crianças e adolescentes, ainda em desenvolvimento, entendam suas dores e alegrias e possam contornar situações que sejam motivos de aflição”, avalia a pedagoga.
4 – Diminuir a dependência das telas
O ensino em tempo integral permite que as crianças e adolescentes ocupem seu tempo mais com o ensino e menos com as telas de computadores e celular. Isso é importante para diminuir o tempo excessivo gasto nestes dispositivos. Uma pesquisa feita pelo Instituto de Pesquisa do Hospital Infantil de Alberta, do Canadá, em parceria com as Universidades de Calgary, também no Canadá, e College Dublin, na Irlanda, com 30 mil crianças de vários países, revelou que entre 2020 e 2022 houve aumento de 50% no tempo em que jovens de 3 a 18 anos passam em frente as telas dos dispositivos. “Dessa forma, não só reduzimos essa dependência da tecnologia como também ensinamos as crianças e adolescentes a se dedicar a atividades que enriquecem seu cotidiano”, afirma a pedagoga.
5 – Ter acesso a uma alimentação balanceada
Junto com as atividades complementares, e dentro da mesma lógica da formação da criança e adolescente para a sociedade, o ensino em tempo integral também permite que os alunos tenham mais conhecimento sobre alimentação saudável. As escolas conseguem oferecer refeições com acompanhamento nutricional necessário para que os estudantes façam refeições balanceadas. “Começa na escola a compreensão do aluno, enquanto cidadão, sobre a própria saúde. Ter alimentação saudável é garantia de qualidade de vida para o futuro”, diz Carolina.
6 – Possibilitar mais tempo do estudante com a família
Como os alunos do ensino em tempo integral cumprem a maior parte de suas atividades nas escolas, quando as crianças e adolescentes chegam em casa podem passar o tempo com a família. “É importante lembrar essa questão do desenvolvimento dos alunos: não se trata apenas do que eles aprendem no tempo nas instituições. É preciso ter a participação da família, seja em momentos de lazer, conversa ou refeições diárias em conjunto. Essa é uma chance de a família também saber como está o andamento das relações dentro da escola, considerando que os compromissos pedagógicos ficam todos a cargo da instituição.”, explica a pedagoga.
Sobre a Escola Pedro Apóstolo
Respeito ao próximo, igualdade, humildade e liberdade de expressão. Esses foram os principais valores que inspiraram a criação da Escola Pedro Apóstolo. Mais de vinte e cinco anos depois, a instituição orgulha-se de ter mantido seu foco e expandido sua atuação. Sediada em um terreno localizado no bairro Capão Raso, com 2.984 metros quadrados, atualmente atende alunos da Educação Infantil ao Ensino Fundamental II e oferece aulas em meio período (matutino e vespertino), intermediário e integral bilíngue.
A Escola Pedro Apóstolo foi fundada em 1997 pelos pedagogos Odilon Augusto Paschoal e Dircea Paschoal. A ideia do casal era que a escola apresentasse um ensino no qual o aluno pudesse ser visto como único e que as habilidades dele fossem valorizadas e estimuladas por meio de aulas dinâmicas, professores capacitados, comprometidos e experientes com o olhar cuidadoso e atendimento individual. Mais tarde, sua filha Carolina Paschoal assumiu a direção geral da escola e já atua há 18 anos na instituição.
A formação integral do aluno é o propósito da escola e consiste no aprimoramento do desenvolvimento intelectual aliado ao emocional. Com ambientes projetados para que os alunos se sintam pertencentes do seu espaço, há uma constante busca por novas tecnologias, formação continuada e metodologia de ensino.
Escola Pedro Apóstolo
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