Vídeo mostra exato momento em que vítima é baleada por seu namorado. – por Gerson Junior.

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Imagem da internet
\fonte: site portal 6

O caso ocorreu em Goiás, onde Diego Fonseca Borges, de 27 anos, atirou em sua namorada Ielly Gabriele Alves, de 23 anos. A vítima foi levada pelo próprio autor do disparo até o Hospital das Clínicas em Jataí, Goiás. No entanto, no hospital, Diego mentiu à polícia, alegando que foram atacados por um atirador que passou por eles de moto e acabou atingindo Ielly. Entretanto, surgiram muitas contradições em sua versão.

Após ter acesso ao celular da vítima, foi encontrado um vídeo que mostrava Diego aparentemente parado na rua, urinando, enquanto a vítima o filmava. Ele sacou uma pistola e disparou contra ela. O vídeo comprova a autoria do feminicídio.

Para caracterizar o crime, é necessário que a vítima seja mulher e que o crime tenha sido cometido com envolvimento de violência doméstica ou discriminação contra a condição de mulher. O feminicídio foi incluído pela Lei nº 13.104, de 2015, e prevê pena de reclusão de doze a trinta anos. Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve violência doméstica e familiar, assim como menosprezo ou discriminação à condição de mulher.

Diante da contradição do namorado, a polícia iniciou a análise do celular da vítima e encontrou a Filmagem da execução, conforme relatado pelo Major Cortês da PMGO.

O Laboratório de Estudos de Feminicídios (LESFEM) apresenta os dados de todo o país coletados pelo Monitor de Feminicídios no Brasil (MFB), registrando 1.153 casos de feminicídio no Brasil apenas no primeiro semestre de 2023.

Os casos de feminicídio são quase sempre ocasionados por situações de violência doméstica. Como missão constitucional de todos nós, a segurança pública é dever do estado e responsabilidade de todos. Portanto, todos nós podemos e devemos contribuir para a proteção da vida, que é o bem máximo que possuímos.

Fique atento aos sinais. Uma vítima de violência nem sempre tem acesso ao celular para pedir ajuda. Muitas vezes, são reféns fisicamente ou psicologicamente do agressor. Alguns sinais podem ser usados por elas para nos pedir ajuda. Preste atenção nos dois mais utilizados.

Fonte: Wikipedia

O sinal da mão fechada, onde a mulher mostra a palma da mão e fecha a mão em forma de punho, foi criado no início da pandemia pela Canadian Women’s Foundation, uma organização pública focada na igualdade de gênero. Esse gesto é utilizado como uma forma simples e discreta de as pessoas mostrarem que precisam de ajuda, principalmente em situações de violência doméstica.

Em novembro de 2021, o “signal for help” salvou uma garota de 16 anos de um sequestro na Carolina do Norte, nos EUA. A adolescente viu o gesto em uma rede social, estava em um carro na estrada, fez o sinal para outro veículo, e o motorista entendeu o pedido de socorro, chamando a polícia. A menina estava desaparecida há dois dias e foi resgatada.

 

Fonte: Pinterest
Fonte: Cevid-TJPR

Outro sinal utilizado no Brasil é o sinal vermelho, adotado em vários estados como parte da campanha “Sinal Vermelho”. Funciona da seguinte forma: a vítima faz um “X” vermelho, ou de outra cor disponível, na mão, utilizando uma caneta ou batom, e mostra o sinal a alguém,  chama a polícia através do 190.

Portanto, é muito importante conhecer esses sinais e manter a calma, sabendo que, ao fazer isso, estará eventualmente salvando uma vida e se você é vítima, ligue para o 190.

 

 

 

 

Gerson Junior, é policial militar do paraná, especialista em Segurança pública e escritor premiado.
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