Você já ouviu falar nesse termo? Demência Digital?
Apesar de não se tratar de um diagnóstico propriamente dito, é uma condição extremamente relevante e necessária de ser conhecida, uma vez que a gente entende o peso e relevância das telas na vida das pessoas.

A Demência Digital foi amplamente estudada e debatida por um neurocientista alemão, Manfred Spitzer, diretor médico do Departamento de Psiquiatria da Universidade de Ulm, na Alemanha.

Nesse sentido, vale firmar que não se confunde com a demência mental, ok? Mas conversa com algumas consequências cognitivas ruins para as pessoas que se utilizam das telas de maneira ineficiente.

A expressão “demência digital” não tem um significado técnico amplamente reconhecido na área da saúde, mas é frequentemente usada de maneira figurativa para descrever o impacto negativo do uso excessivo da tecnologia digital, especialmente dispositivos como smartphones, computadores e tablets, na função cognitiva e na saúde mental.

O termo reflete a preocupação de que a dependência excessiva da tecnologia digital pode ter efeitos adversos no funcionamento cognitivo, incluindo problemas de concentração, memória e habilidades sociais.

Algumas pessoas também usam o termo para descrever a sensação de sobrecarga de informações e estresse causada pelo constante acesso a informações digitais.

O primeiro passo pra entender se você tem, identificar se é ou não uma realidade pra você é se questionar:

O que estou fazendo nas telas?

Tem algo de produtivo nisso?

Existem mais sentimentos bons ou ruins associados ao uso do celular, tablet, computador?

Como me sinto quando estou longe do uso das telas?

Que a nossa geração intensificou exponencialmente o uso das telas, isso é indiscutível. Perceba que até mesmo as pessoas que trabalham em frente à tela, em seu momento de lazer, frequentemente está com o celular na mão, está assistindo algo no youtube ou netflix. Até mesmo os livros, que até pouco tempo atrás ocupavam grandes prateleiras nas livrarias por aí, hoje podem ser facilmente adquiridos através de uma tela.

Qual o impacto disso?

Bem, isso tem alterado significativamente a relevância e importância das relações não virtuais.

A internet tem uma linguagem própria, muito diferente da linguagem estimulada fora do contexto virtual.

Como as pessoas se relacionam longe das telas? Como ficam o: contato visual, uma conversa que não esteja ligada sobre algo que tem sido amplamente abordado na internet na última semana?

O uso excessivo das redes para quaisquer que sejam as finalidades, diminuem significativamente sentimentos essenciais para uma relação saudável, quais sejam: empatia, dificuldade de manter ou estabelecer relações sociais, afeta diretamente o raciocínio lógico, diminui o limiar para lidar com o estresse – na internet tudo se resolve muito rapidamente, a vida real pode não responder na mesma velocidade -.

Consequentemente, ao mitigar tais condições necessárias para a relação interpessoal, é comum observar pessoas com baixa autoestima, com humor altamente oscilante, diminuição da tolerância ao estresse, além de baixa capacidade de predomínio sobre suas emoções, sejam elas boas ou ruins.

O problema não são as telas. O problema não é a internet. O grande problema é a finalidade em que estou utilizando-a. Outra questão é: utilizo somente para coisas fúteis ou me favoreço de aplicativos que aumentem a minha produtividade, por exemplo?

Você sente abstinência se pensar em passar um ou dois dias longe das notificações do seu celular? Longe de acompanhar a vida do colega de trabalho? Longe de saber qual foi a última fofoca?

Se isso acontece, cuidado! Você está com grandes chances de estar vitimizado pelo impacto negativo da internet, da necessidade de estar sempre “conectado”, desconectando-se da sua vida e de relações reais.

Procure ajuda, se necessário.

A internet tem impacto bom ou ruim. Como ela está se mantendo e representando na sua vida, diz muito sobre quais impactos isso pode ter na sua vida e na sua saúde mental.

 

 

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