O CEO do TikTok, Shou Chew, lançou um vídeo em defesa da plataforma nesta quarta-feira (13), instando os usuários a se unirem contra a ameaça de proibição nos Estados Unidos.
Em meio a um histórico de tensões entre o TikTok e o governo dos EUA, a aprovação de um projeto de lei pela Câmara de Representantes norte-americana aumentou os temores de um banimento da popular rede social de vídeos curtos.
Os confrontos entre o TikTok e as autoridades dos EUA vêm se intensificando ao longo dos anos, com episódios marcantes ocorrendo durante a gestão do ex-presidente Donald Trump. A última quarta-feira (13) viu uma votação significativa na Câmara de Representantes, onde um projeto de lei foi aprovado com uma ampla margem de 352 votos a favor e 65 contra, sinalizando a possibilidade real de banir o TikTok no país.
Os legisladores norte-americanos sustentam que o TikTok representa uma ameaça à segurança nacional, alegando que poderia ser usado para vigilância da população e como veículo de propaganda chinesa.
Em resposta, Shou Chew argumentou veementemente contra o projeto de lei em seu vídeo, afirmando que sua aprovação resultaria no banimento do TikTok nos EUA. Ele destacou também as implicações econômicas, sugerindo que a medida prejudicaria tanto os criadores de conteúdo quanto os pequenos negócios que dependem da plataforma.
O CEO conclamou os cidadãos norte-americanos a compartilharem suas experiências com o TikTok com seus familiares e até mesmo com os senadores, incentivando-os a proteger seus direitos constitucionais e fazerem suas vozes serem ouvidas.
Desde sua publicação, o vídeo já acumula impressionantes 20,3 milhões de visualizações, 3,6 milhões de curtidas e aproximadamente 100 mil comentários, demonstrando o alcance e o impacto da mensagem de Chew.
O projeto de lei agora segue para o Senado dos Estados Unidos, onde será submetido a uma nova votação. Se aprovado, será encaminhado ao presidente Joe Biden, que já expressou apoio à proposta.
Embora o TikTok tenha enfrentado restrições anteriores nos EUA, incluindo um veto entre funcionários do governo e uma proibição temporária em um estado em 2023, a batalha atual representa um desafio significativo para a plataforma, que conta com mais de 170 milhões de usuários no país e é uma ferramenta vital para mais de 7 milhões de pequenas empresas.
Por: Eleozir José da Silva (colunista de Tecnologia do FC)