Especialista discorre sobre a iniciativa, apontando a importância do projeto para o meio ambiente e para as empresas do estado
Os deputados estaduais Maria Victoria (PP) e Alexandre Curi (PSD) protocolaram no dia 30 de abril de 2024, o projeto de lei 271/2024, que estabelece o Mercado Regulado de Créditos de Carbono no Estado do Paraná. A iniciativa visa criar um sistema econômico-ambiental certificado, transparente e regulado para a comercialização de créditos de carbono e nasce da urgência em ajustar a legislação paranaense para incentivar ações de redução de emissões e preservação ambiental, uma vez que o estado é reconhecido por sua vocação para a sustentabilidade e liderança em diversos setores e desempenha um papel importante nesse processo.
A engenheira ambiental e sócia da Climate Tech Vankka, Clarissa M. de Souza, afirma que essa iniciativa é de suma importância, sendo um projeto de lei que reflete uma consciência ambiental crescente e a necessidade de alinhar políticas locais com medidas que promovam a redução das emissões de gases de efeito estufa. “Essa implementação não apenas pode estimular investimentos em áreas fundamentais como inovação e tecnologias limpas, mas também pode servir como um incentivo para a conservação da biodiversidade. Ao criar um ambiente econômico favorável à redução das emissões de carbono, o mercado regulado de créditos de carbono promove um desenvolvimento mais sustentável, onde o crescimento econômico está intrinsecamente ligado à preservação do meio ambiente”, afirma.
Estímulo aos negócios
O Mercado Regulado de Créditos de Carbono nasce da necessidade de adequar a legislação paranaense com regras e diretrizes definidas para incentivar ações de redução da emissão de gases e de preservação do meio ambiente. “A expectativa é de que parte do volume financeiro movimentado no Mercado de Carbono possa ser direcionado a investimentos em inovação, tecnologias limpas, infraestrutura e conservação da biodiversidade, representando não apenas uma ferramenta para incentivar a redução das emissões de gases de efeito estufa, mas também uma oportunidade significativa para o crescimento dos negócios em todos os setores da economia. Ao adotar práticas sustentáveis e participar desse mercado, as empresas não apenas contribuem para a preservação do meio ambiente, mas também aumentam sua competitividade global”, conta a engenheira.
Além disso, Clarissa explica que essa iniciativa não se limita apenas a incentivar práticas sustentáveis, ela também pode impulsionar setores-chave, como o reflorestamento, a agricultura regenerativa e a pesquisa de tecnologias limpas. “Por meio do Mercado de Créditos de Carbono, empresas e organizações têm a oportunidade de investir em projetos que não apenas reduzem as emissões de carbono, mas também promovem o desenvolvimento sustentável e a resiliência ambiental”, reforça.
Sobre os Créditos de Carbono
Os créditos de carbono surgiram com o Protocolo de Kyoto, em 1997, com o objetivo de reduzir as emissões de gases do efeito estufa. No mercado, empresas e governos que excedem suas metas de redução podem vender créditos, enquanto aqueles que precisam compensar suas emissões compram esses créditos. “Os créditos de carbono representam uma ferramenta fundamental na luta contra as mudanças climáticas, incentivando a redução das emissões e promovendo práticas sustentáveis”, finaliza.
Sobre a Vankka
Fundada em 2023 pelos sócios Clarissa M. de Souza, Camila F. Balbinot, Alessandro Panasolo e Mauricio Kruger, a Vankka é uma Climate Tech que combina ciência, computação e inteligência artificial para criar soluções transparentes e confiáveis de neutralização climática, protegendo ativos, investimentos e pessoas.
