Laudo médico de diabetes tipo 1 terá validade indeterminada na capital paranaense

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Foto: Shutterstock

Projeto de lei aprovado é um avanço no tratamento do diabetes em Curitiba

A capital do Paraná dá um passo importante no tratamento do diabetes. Na última quarta-feira (05), foi aprovado por unanimidade o projeto de lei que viabiliza o laudo vitalício de diagnóstico do diabetes. Estima-se que mais de 18 mil pessoas com diabetes tipo 1 em Curitiba serão beneficiadas.

O projeto de lei aprovado na Câmara Municipal de Curitiba é uma iniciativa do vereador Alexandre Leprevost, e visa desburocratizar o tratamento e acesso a medicamentos. Até o momento, é obrigatório apresentar um laudo atualizado a cada 3 meses para ter a liberação dos insumos fornecidos pelo SUS. Com essa nova lei, pessoas com diabetes terão um laudo com validade indeterminada.

Para a médica endocrinologista do Instituto da Pessoa com Diabetes – IPD e presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes da Regional Paraná (SBD-PR), Dra. Andressa Leitão, o projeto aprovado por unanimidade é um avanço. “O processo da obtenção de um novo laudo a cada três meses era exaustivo e limitava todo o atendimento, limitava a obtenção dos recursos para o tratamento, para a insulina e demais insumos. Isso vai diminuir a pressão para esses pacientes e é uma vitória para todos os portadores de diabetes tipo 1 da cidade”, explica.

Letícia Barros é mãe de uma menina de 10 anos, diagnosticada com diabetes tipo 1 há dois anos e meio. Ela conta que o laudo vitalício traz alívio para a família e mais segurança no tratamento. “Eu sempre ficava preocupada com o prazo para não correr o risco da minha filha ficar sem insumos, principalmente sem insulina. É inadmissível ter que comprovar a cada 3 meses que minha filha tem diabetes, sendo que trata-se de uma doença crônica. Finalmente teremos um obstáculo e preocupação a menos”, afirma.

O diabetes tipo 1 exige tratamento e acompanhamento médico por toda vida e, por este motivo, a validade do laudo não é necessária. Contudo, a presidente do Instituto da Pessoa com Diabetes e médica endocrinologista, Dra. Angela Nazário, alerta que o acompanhamento médico continua sendo primordial. “A validade indeterminada do laudo não substitui a necessidade de consultar o endocrinologista regularmente. Somente um especialista pode avaliar a evolução do tratamento e indicar possíveis alterações para um melhor controle da glicemia e para o sucesso do tratamento ”, finaliza.

Com a aprovação já em segundo turno, a capital paranaense dá um passo importante na humanização do atendimento aos pacientes com diabetes tipo 1. Após sancionado pelo prefeito, a lei entra em vigor 30 dias após a publicação no Diário Oficial do Município.

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