Pesquisa revela que quase metade dos brasileiros se vê bem representada nas marcas

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Uma pesquisa inédita realizada com mais de mil brasileiros de todas as regiões do país, indica que metade dos entrevistados avalia que a própria identidade pessoal está representada nas marcas existentes no mercado. O levantamento sobre representatividade contou com respostas de 1.086 pessoas durante o mês de março e abril de 2024 e foi promovido pela empresa Anjuss.

De acordo com o estudo, 49,7% dos entrevistados afirmam que se sentem “muito bem representados” nas marcas encontradas atualmente, enquanto 30,9% se consideram “um pouco representados”. Por outro lado, os que não disseram “não buscar representação de marca” somam 8,3%.

Já as pessoas que se consideram “não muito bem representadas” chegam a 7,6%. Além disso, o porcentual de 0,6% “não se sente representado de nenhuma forma” – e 2,9% não opinaram.

Questionados se as marcas de moda no Brasil são inclusivas e representativas da diversidade da população, os percentuais das respostas foram os seguintes:

– Parcialmente: 59,8%

– Raramente: 13,1%

– Sim: 25,0%

– Não: 2,0%

– Não respondeu: 0,2%

Lançamento

A representatividade e a inclusão consistem em temas relevantes para várias marcas do mundo da moda. Nesse contexto, a Anjuss está lançando a coleção Anjuss Represent, um convite para celebrar a representatividade, a diversidade e a pluralidade, com o objetivo de promover uma sociedade mais empática e igualitária.

O Drop Anjuss Represent reforça a importância da representatividade na vida, ao estabelecer conexões e incentivar o autoconhecimento. Segundo a empresa, por meio da representatividade, é possível explorar aspectos da identidade que permanecem muitas vezes adormecidos ou desconhecidos, de modo a expandir os horizontes e buscar conhecimento sobre realidades diferentes.

Com isso, a representatividade tem como resultado o aprendizado e o crescimento, atuando como um guia na jornada de autoconhecimento. Ela empodera as pessoas ao inspirar ações concretas e construir um mundo mais inclusivo e diversificado.

 

Representatividade na mídia

Embora as pesquisas sobre representatividade no Brasil sejam escassas, uma referência no setor é a 11ª onda do levantamento “Representa” (antes intitulado TODXS), desenvolvido pela Aliança sem Estereótipos, plataforma liderada pela ONU Mulher (entidade das Nações Unidas voltada à igualdade de gênero).

Com dados coletados em 2022, o estudo analisou 5.338 inserções de TV de 247 anunciantes, 440 filmes únicos e 2.064 posts de 190 empresas nas redes sociais, no total de 36 mercados.

De acordo com a pesquisa, há quatro vezes mais mulheres brancas do que negras sendo representadas nos comerciais de TV. Nas redes sociais, a mesma realidade se reflete: entre os homens, os brancos são 74% – os negros, 21%, enquanto outras etnias chegam a 5%.

Apenas 1,2% das peças analisadas no levantamento tiveram a presença de pessoas com deficiência. Das 247 marcas analisadas, somente 19 têm pessoas maduras como protagonistas. Não há mulheres negras representadas nessa faixa etária.

Em relação ao público LGBTQIAP+, edições anteriores da pesquisa já traziam marcadores baixos de representatividade (sempre abaixo de 2%), mas essa é a segunda onda consecutiva sem nenhuma representação do grupo, segundo os organizadores.

 

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