Grupo faz homenagem em estação-tubo a homem assassinado ao defender casal de homofobia

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A ação aconteceu na estação-tubo em frente ao Colégio Estadual do Paraná (CEP), no bairro Alto da Glória.

Movimento Popular de Estudantes Fogo no Pavio Paraná realizou nesta quinta-feira (20) uma homenagem a Oziel Branques dos Santos, de 41 anos, assassinado em um ônibus biarticulado ao defender um casal que sofria homofobia, no último domingo (16). Foram colados cartazes com o nome dele e a frase: “Jamais esquecer que viver sem medo é um direito de todos, todas e todes”.

A ação aconteceu na estação-tubo em frente ao Colégio Estadual do Paraná (CEP), no bairro Alto da Glória. Em postagem na rede social, os jovens afirmaram que a cada dia mais a rotina de ódio é uma realidade conta a comunidade LGBTQ+.

“No ultimo domingo (16) Oziel Branques dos Santos foi vítima de um assassinato dentro de um ônibus na cidade de Curitiba, após defender um casal LGBT de violentos ataques LGBTQfobicos. Oziel foi uma das muitas vítimas do ódio aos corpos discidentes numa cidade em que cada dia mais a LGBTQfobia se torna rotina”, disse o grupo na postagem.

Assassino matou outras pessoas antes do crime

A Polícia Civil do Paraná pediu a prisão de Vagner do Prado, suspeito de matar um homem dentro do biarticulado Santa Cândida/Capão Raso após um ataque homofóbico, no último domingo (16), nove dias antes do crime. No dia 7 de junho, Vagner tinha matado a namorada após uma discussão no Centro de Curitiba, onde os dois viviam em situação de rua, o que levou ao pedido pelos policiais. Entretanto, a Justiça não tinha respondido a demanda policial. Ele cometeu o crime ao lado do sobrinho, de 17 anos, que está apreendido.

“No dia 7 de junho, ele cometeu o feminicidio contra a namorada. Entrou em briga com a namorada e deu algumas facadas contra ela. Não localizaram o suspeito no local, que havia fugido. Neste mesmo dia, ele foi identificado e houve o pedido de prisão preventiva, onde estamos aguardando a decisão judicial”, contou a delegada Camila Ceconello, responsável pela investigação do caso.

Além do feminicídio, na manhã do dia em que matou no ônibus Oziel Branques dos Santos, de 41 anos, o suspeito também assassinou um homem com quem discutiu na Praça Rui Barbosa, no Centro de Curitiba. “Houve ali uma discussão por ele ter matado a mulher e o um homem foi cobrar. Na discussão, ele teria segurado este homem e o sobrinho deu as facadas”, relatou.

Ainda de acordo com a delegada, o suspeito usava tornozeleira eletrônica desde novembro de 2023 pelo crime de roubo. Conforme a Ceconello, Vagner é perigoso e costumava agir na região central de Curitiba. “Ele realizava roubos na área central e também tem passagens por organização criminosa, tráfico de drogas, roubos e homicídio. Alguém perigoso e que morava nas ruas, o que dificultava a localização dele”, concluiu a delegada.

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