O petista se vacinou contra a doença na rede privada, antes de o Ministério da Saúde iniciar a campanha de imunização no país.
Embora tenha se imunizado em público contra a gripe e Covid, o presidente Lula (PT) se vacinou contra a dengue na rede privada, antes de o Sistema Único de Saúde (SUS) iniciar a campanha de imunização contra a doença, que já deixou pelo menos 4 mil mortos no país em 2024, registrou a Folha de S.Paulo.
Lula recebeu a primeira dose da vacina contra a dengue em 5 de fevereiro, quatro dias antes do início da campanha de imunização do Ministério da Saúde. O petista recebeu a segunda dose em seis de maio, também sem divulgação.
Segundo o jornal, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom) se recusou a informar o modelo e o custo da vacina e também a explicar por que o Palácio do Planalto não divulgou a imunização do presidente.
A dengue no Brasil
Dados do Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde apontam 6 milhões de casos prováveis de dengue no Brasil em 2024.
Até o momento, a pasta registrou 4.019 mortes confirmadas pela doença e outras 2.837 em investigação.
Em 2023, o governo federal registrou 1,6 milhão de casos de dengue e 1,1 mil óbitos em decorrência da doença.
Vacinação contra a dengue
A campanha de vacinação contra a dengue teve início em fevereiro, com a distribuição de doses para 521 municípios selecionados pelo Ministério da Saúde. O público-alvo prioritário são crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos, conforme estabelecido pelo Ministério.
Para evitar o desperdício de vacinas que estavam próximas ao vencimento, a pasta liberou, em abril, a aplicação das doses em crianças e adolescentes de 6 a 16 anos.
Também foi autorizada a vacinação de pessoas de 4 a 59 anos nos municípios que estavam com baixa adesão na campanha de vacinação.
“Precisamos lembrar que essa estratégia é apenas para as vacinas que possuem prazo de validade em 30 de abril. Ou seja, as cidades que não tiverem mais doses desse lote permanecem com o público recomendado anteriormente, de 10 a 14 anos”, disse Eder Gatti, diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunizações (DPNI), na ocasião.