Auge do ciclo solar de 11 anos aumenta chances de auroras boreais

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Com tempestades solares mais intensas, a aparição das auroras é cada vez mais provável – assim como possiveis problemas tecnológicos.

Mais auroras boreais estão surgindo no mundo, tanto no Hemisfério Norte como no Sul, vistas a olho nu. Esse fenômeno veio de uma tempestade solar intensa, em maio deste ano, que afetou o campo magnético da Terra.

As tempestades apontam que o ciclo solar atual, que dura 11 anos, está no auge de atividade. Em geral, é possível esperar mais erupções de partículas vindas das tempestades, que podem criar as auroras.

Mas é bom lembrar que esses eventos também causam dano às infraestruturas tecnológicas, como redes de energia e satélites em órbita.

Como elas acontecem?

As auroras ocorrem nas regiões próximas aos polos. Após a tempestade, as partículas de energia do Sol vão em direção à Terra, atraídas pelo campo magnético e interage com ele, por meio de um processo chamado reconexão.

Quentes e rápidas, as partículas seguem a direção do campo magnético até encontrarem as partículas frias e neutras na atmosfera, como os átomos de oxigênio, hidrogênio ou nitrogênio.

A partir desse acontecimento, a energia delas cai e aquecem a região. Porém, as partículas na atmosfera não querem essa energia, e por isso, soltam parte dela na faixa de luz visível.

Quando um elemento está muito quente, ele emite luz em diferentes comprimentos de onda e cores na faixa visível do espectro eletromagnético. Esse fenômeno é o que causa as auroras que vemos nas regiões próximas aos polos e, durante fortes tempestades solares, também em áreas de latitudes mais baixas.

As cores azul e roxa das auroras são produzidas pelo nitrogênio, enquanto as cores verde e vermelha vêm do oxigênio. Esse processo acontece o tempo todo, mas devido ao formato do campo magnético da Terra, que se parece com um ímã em barra, as partículas solares energizam principalmente as regiões polares, como o Círculo Ártico e a Antártica.

O que está acontecendo agora?

Tempestades geomagnéticas intensas como essas podem causar problemas. Um campo magnético em movimento gera correntes elétricas. A intensidade e velocidade dessas tempestades são medidas por vários índices, como o de tempo de perturbação do campo magnético, que mostra como elas podem causar problemas nas redes elétricas e de sistemas de comunicação via satélite.

As tempestades de 10 e 11 de maio foram muito intensas, aumentando o risco de correntes elétricas induzidas. Isso significa que as linhas de transmissão de energia podem ser afetadas, mas agora elas têm proteções, desde a tempestade de 1989 que causou um grande apagão em Quebec.

Além disso, tubulações metálicas podem corroer lentamente devido a essas correntes elétricas, um problema que é difícil de detectar a tempo.

Os satélites são ainda mais vulneráveis, pois surtos elétricos podem destruir instrumentos e interromper comunicações, transformando-os em “satélites zumbis”. Além disso, mudanças no campo magnético da Terra podem afetar sistemas de GPS, largura de banda da Internet via satélite e os cinturões de radiação, impactando comunicações de rádio e a camada de ozônio.

 

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