The Mango Tree, nova comédia de Leonarda Glück, estreia em Curitiba e flerta com o teatro do absurdo

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O espetáculo traz, numa irreverente montagem, diferentes arquétipos do feminino em três personagens que se encontram para uma festa e cumpre curta temporada gratuita no Teatro José Maria Santos.

Atrizes Flávia Imirene, Saravy e Katia Horn protagonizam nova comédia de Leonarda Glück. | Foto: Vitor Dias

 

De 5 a 22 de setembro o palco do Teatro José Maria Santos vai receber a temporada de estreia de The Mango Tree (em português A Árvore de Manga), uma comédia escrita e dirigida por Leonarda Glück que trata sobre os ideais e estereótipos do feminino na sociedade contemporânea e no imaginário popular. Através do humor, da ironia e do deboche, a criação – produzida pela Pomeiro Gestão Cultural – provoca questões acerca da presença da mulher nos dias atuais.

 

A trama é protagonizada por três mulheres com diferentes personalidades: uma escritora decadente, uma aspirante a atriz de Hollywood e uma ex-atriz pornô cleptomaníaca. Elas se encontram para uma festa que nunca acontece. Interpretadas por Flávia Imirene,  Katia Horn e Saravy, as personagens retomam memórias do passado enquanto protegem um pomar onde há um grande pé de mangas. 

 

Com forte inspiração no teatro do absurdo, em especial Eugène Ionesco e o brasileiro Qorpo Santo, o texto foi originalmente escrito por Glück em 2004 e agora, 20 anos depois, a dramaturga retoma o material e lhe dá nova roupagem, fazendo referência à cultura pop dos anos 1990 e também dos dias de hoje. Para Leonarda, a situação mundial é a maior referência à proposta da peça The Mango Tree: “O teatro do absurdo acabou ignorado no decorrer da história teatral, e eu acredito que não há nada mais absurdo que os dias atuais, que são um prato cheio para a dramaturgia nacional”, revela. 

 

A visualidade da peça foi concebida a partir das cores e tonalidades das mangas – o laranja, o verde e o roxo. Na composição do espetáculo uma equipe criativa de peso, com cenário e figurinos seguindo a mesma proposta de cores como resultado de diálogo profundo entre a cenógrafa Guenia Lemos e as figurinistas Fabianna Pescara e Renata Skrobot. Somam-se ainda a artista Jo Mistinguett, na criação da trilha original, e os iluminadores Nadja Naira e Wagner Corrêa. A direção de movimento fica por conta de Katia Drumond. 

 

A montagem integra o projeto Dramaturgia TransCuritibana, uma parceria entre a artista Leonarda Glück e a Pomeiro Gestão Cultural, que visa fomentar a presença de pessoas trans no cenário teatral e dramatúrgico de Curitiba. O projeto contempla ainda um laboratório de dramaturgia para pessoas trans, leituras públicas e a publicação de um e-book com trechos dos textos produzidos pelos participantes. A iniciativa é viabilizada com recursos do Programa de Apoio e Incentivo à Cultura de Curitiba e tem o incentivo do Ebanx.

 

SINOPSE:

Uma escritora decadente, que é praticante de sadomasoquismo nas horas vagas, uma aspirante a atriz de Hollywood interiorana e uma ex-atriz pornô cleptomaníaca se encontram para uma festa que não acontece. Canções, rixas e suspiros do passado vêm à tona e expõem as forças e fragilidades da mulher contemporânea em um mundo caótico que as atormenta. Nos preparativos para essa celebração que jamais ocorrerá, é entre inspirações, martinis e revistas de fofoca que rememoram as agruras e os prazeres dos dias de outrora e brindam, ainda, aos que virão.

 

FICHA TÉCNICA

Texto e Direção: Leonarda Glück 

Elenco: Flávia Imirene, Katia Horn e Saravy

Direção de Movimento: Katia Drumond 

Cenografia: Guenia Lemos

Figurinos: Fabianna Pescara e Renata Skrobot

Trilha Original e Operação de Som: Jo Mistinguett

Iluminação e Operação de Luz: Nadja Naira e Wagner Corrêa 

Costureira: Rose Matias

Cenotécnico: Fabiano Hoffmann

Técnico de Som: GuiMiudo

Direção de Produção: Igor Augustho

Produção Executiva: Rebeca Forbeck 

Estagiários de Produção: Ayesla Fabian, Isac Kempe e Luciano França

Designer Gráfica e Identidade Visual: Adriana Alegria

Fotografias: Vitor Dias

Videomaker: Eduardo Ramos 

Maquiagem Ensaio Fotográfico: Kenia Coqueiro 

Assessoria de Imprensa: Bruna Bazzo

Estratégia Digital e Vídeo Creator: Gabriela Berbert

Intérprete de Libras: Talita Grünhagen 

Captação de Recursos: Meire Abe

Realização e Produção: Pomeiro Gestão Cultural 

 

SERVIÇO:

THE MANGO TREE – Comédia

Temporada de 5 a 22 de setembro. 

Quarta a sexta às 20h. Sábados às 16h e 20h. Domingos 16h e 19h. 

Teatro José Maria Santos (Rua Treze de Maio, 655 – Centro). 

Ingressos Gratuitos, retirada a partir de 1 hora antes no teatro. 

Classificação: 16 Anos I Sujeito à lotação. 

 

 

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