Mal saiu o resultado da pesquisa da Quaest, realizada pela RPC, outras duas pesquisas eleitorais – da IRG/Band e da Atlas/Intel – divulgadas nesta quarta-feira (28) mostraram resultados totalmente diferentes, colocando mais dúvidas sobre a credibilidade das sondagens eleitorais. Os três levantamentos foram realizados em datas próximas, com diferença de um dia entre eles; no entanto, mostram cenários completamente opostos e com destaques diferentes na disputa entre os candidatos. Isso colocou as campanhas em alerta, e agora o que vale são os trackings internos.
Começando pelo primeiro colocado nas pesquisas, Eduardo Pimentel (PSD), que na pesquisa Quaest tem 19% das intenções de voto; na IRG/Band, aparece com 28%; e na Atlas/Intel alcança os surpreendentes 38,2% das intenções de voto.
O segundo colocado varia entre as pesquisas. Na Quaest, os candidatos Roberto Requião (Mobiliza) e Luciano Ducci (PSB) estão empatados com 18%, seguidos por Ney Leprevost (14%), em um cenário em que a disputa está embolada dentro da margem de erro. Já na pesquisa do IRG/Band, Ducci assume o segundo lugar com 16% das intenções de voto, seguido por Ney Leprevost com 14,6% e Requião com 10%.
No cenário da Atlas/Intel, Ducci permanece em segundo lugar com 12,3% das intenções de voto, seguido por Requião com 10,5% e Ney Leprevost, que atinge 9,8%.
Na justificativa dos institutos de pesquisa, está a famosa diferença de metodologia. A pesquisa da Quaest/RPC e a da IRG/Band foram realizadas a campo, com números similares de entrevistados nas ruas, mas, ainda assim, os dados são significativamente desiguais. Já a Atlas/Intel faz pesquisa pela internet, em que qualquer pessoa pode participar, inserir seus dados socioeconômicos e preencher um questionário online.
Independentemente das ressalvas, as campanhas agora estão avisando seus correligionários que o que vai valer são seus levantamentos internos. Nada de comemorar ou divulgar os números das pesquisas, a não ser que sejam favoráveis às suas candidaturas.