A triagem neonatal do SUS em Curitiba passará a detectar cerca de 30 doenças
A Lei Heitor e Henry, de autoria da vereadora Amália Tortato (Novo), foi sancionada em 5 de setembro e entrará em vigor em março de 2025. Ela amplia de 7 para cerca de 30 o número de doenças detectáveis pelo teste do pezinho.
O teste é realizado nos primeiros dias de vida do bebê, antes da alta hospitalar. Usando gotas de sangue do calcanhar, o exame permite diagnosticar precocemente doenças genéticas e metabólicas potencialmente fatais ou causadoras de sequelas.
Amália Tortato celebra essa importante conquista para Curitiba. “A Saúde faz parte do rol de prioridades do Estado Mínimo que defendo. No Brasil, infelizmente, até mesmo o básico precisa ser conquistado com muito esforço. Por isso, trabalho para garantir que todas as crianças, especialmente as mais pobres, tenham acesso aos mesmos cuidados de saúde que as famílias mais ricas encontram na rede privada”, disse a vereadora.
A lei foi aprovada pela Câmara Municipal de Curitiba em agosto, com apoio de pais de crianças com doenças raras. Seus objetivos incluem alinhar o SUS local às práticas avançadas de triagem neonatal e reduzir custos através de intervenções preventivas.
O nome da lei homenageia os filhos de Kelly Akemi: Heitor, diagnosticado tardiamente com uma doença rara, ficou com sequelas. Henry, mais novo, com diagnóstico precoce, hoje leva uma vida normal.
A ampliação da triagem neonatal será incluída no Código de Saúde de Curitiba. Atualmente, 7 doenças são detectadas. A partir de março de 2025, o teste abrangerá grupos como imunodeficiências primárias, fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, doença falciforme, fibrose cística, atrofia muscular espinhal (AME), entre outras doenças.
A lei também garantirá atendimento prioritário e encaminhamento pelo SUS aos recém-nascidos identificados com doenças que exigem tratamento imediato.
