As boates, um símbolo da cultura jovem das últimas décadas, estão em declínio. O que aconteceu com os tempos em que multidões lotavam pistas de dança, embaladas por músicas que marcavam gerações? Hoje, a realidade é diferente.
De Londres a São Paulo, o número de casas noturnas vem despencando. No Reino Unido, mais da metade das boates fecharam suas portas nos últimos anos. Aqui no Brasil, o cenário não é diferente. O avanço das redes sociais, os festivais gigantescos e até a preferência por bares mais intimistas mudaram a forma como as pessoas se divertem.
Não é só isso. A pandemia de COVID-19 deu o golpe final em muitos desses espaços. As boates, que já enfrentavam dificuldades para atrair público, viram seus negócios colapsarem diante de meses de fechamento e restrições.
Mas será que o problema é só a mudança de hábitos? Ou estamos assistindo a algo mais profundo? As boates não eram apenas espaços de diversão; elas representavam liberdade, encontros e até revoluções culturais. O que significa, para a nossa sociedade, perder esses lugares?
Enquanto alguns defendem que a cultura da noite está apenas se transformando, outros veem o fim das boates como um sintoma de uma geração menos conectada presencialmente e mais isolada em seus mundos digitais.
A pergunta que fica no ar é: estamos prontos para deixar as boates no passado ou ainda há espaço para a reinvenção da noite?