Após a pandemia de Covid-19, o trabalho remoto se consolidou como um modelo preferido pelos profissionais de tecnologia. No entanto, diversas empresas, como Amazon e Google, vêm adotando um movimento de retorno ao presencial, em sua maioria buscando fortalecer a cultura organizacional e aumentar a colaboração entre equipes. Mas essa estratégia tem encontrado resistência por parte dos talentos do setor, que valorizam a flexibilidade, significado e a qualidade de vida proporcionadas pelo home office.
De acordo com Thatyane Costa, Gerente de Recrutamento & Seleção da Gateware, a volta ao presencial não tem sido bem recebida pela maioria dos profissionais de tecnologia. Mais do que simplesmente estar fisicamente no escritório, os profissionais buscam propósito e conexão nesses dias presenciais. “Muitas empresas adotaram o modelo híbrido, equilibrando o trabalho remoto e presencial. No entanto, para que essa dinâmica funcione bem, é essencial que os dias no escritório sejam produtivos e significativos. Profissionais esperam que essas idas presenciais proporcionem momentos de colaboração, troca de conhecimento e integração com suas equipes”.
Diante desse cenário, algumas empresas adotaram um modelo híbrido como uma alternativa para equilibrar as necessidades do negócio e as preferências dos colaboradores, assim o profissional deve estar no escritório 2 ou 3 vezes por semana. Porém, um dos desafios mais citados pelos colaboradores é a falta de um propósito claro para estar presencialmente. “Muitos relatam a frustração de se deslocarem até o escritório apenas para passar o dia em reuniões online, já que suas equipes continuam distribuídas por diversas regiões”, comenta a especialista.
A exigência do retorno ao presencial também tem impactado diretamente a atração e retenção de talentos no setor. Empresas que insistem em um modelo exclusivamente presencial enfrentam mais dificuldades para preencher vagas e correm o risco de perder profissionais qualificados para concorrentes que oferecem flexibilidade com propósito, visto que, diversas áreas dentro da tecnologia tem vagas sobrando. “Para que o trabalho presencial seja eficaz, é fundamental criar iniciativas que tornem esse tempo mais valioso, como workshops, sessões de brainstorming, encontros estratégicos e atividades que fortaleçam o espírito de equipe.”, pontua Thatyane.
Um dos argumentos mais comuns para o retorno ao presencial é a melhoria da cultura organizacional e da colaboração entre as equipes. No entanto, para o setor de tecnologia, esse fator não se aplica da mesma forma. “A maioria das interações entre times de tecnologia já acontece virtualmente, independentemente do modelo de trabalho. Ferramentas colaborativas e metodologias ágeis permitem que os times mantenham a produtividade e a sinergia mesmo de forma remota”, ressalta a profissional.
Para empresas que desejam se destacar na atração de profissionais de tecnologia, oferecer flexibilidade é essencial. Segundo a Gerente, o futuro do trabalho está na flexibilidade e no equilíbrio. “Empresas que conseguirem alinhar a necessidade do presencial com experiências enriquecedoras para seus colaboradores terão um diferencial competitivo, garantindo mais engajamento e satisfação. Afinal, mais do que um local físico, o escritório deve ser um espaço de conexão e colaboração real”.
Com isso, Thatyane Costa reforça que com a crescente valorização do trabalho remoto, as empresas precisam repensar suas estratégias para se manterem atrativas e competitivas, garantindo que suas demandas de negócio estejam alinhadas às expectativas dos profissionais de tecnologia.
Sobre a Gateware – A Gateware é uma empresa focada em tecnologia, inovação, participante do Pacto Global da ONU no Brasil, parceira SAMSUNG SDS e SAP Partner Open Ecosystem. Com matriz localizada em Curitiba, no Paraná, também possui unidades em São Paulo, Rio de Janeiro, Argentina e EUA. Atualmente, possui 150 funcionários e atua em quatro suítes: GW Value Strategy (PMO Gestão de Projetos e GMO Gestão de Mudanças), GW Outsourcing (Alocação de Profissionais de TI), GW Solution (Aplicativo LivID que realiza Prova de Vida e Recadastramento Digital por meio do reconhecimento facial e inteligência artificial, além da funcionalidade de Consulta de Óbito em todo território nacional) e GW Labs (Fábrica de Softwares Multiplataforma).