Inteligência artificial para pequenas empresas: como usar a tecnologia para crescer

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Especialista indica ferramentas de IA acessíveis que podem impulsionar eficiência e competitividade

A inteligência artificial (IA) já faz parte do cotidiano de muitas empresas, independentemente do porte. No Brasil, 47% das pequenas e médias empresas (PMEs), por exemplo, já utilizam ou planejam adotar IA em suas operações, conforme levantamento da Serasa Experian. Entre as startups brasileiras, esse número é ainda maior: 78% delas já contam com alguma forma de IA em suas rotinas, segundo o Founders Overview 2024.

A Agilize, startup de contabilidade online, é um exemplo prático dessa adoção. Segundo Adriano Fialho, CTO e cofundador da empresa, a transição para o uso de IA enfrentou certa resistência interna, mas o impacto positivo na produtividade logo ficou evidente.

“Um dos maiores impactos foi no processo comercial. Temos IA capaz de conduzir uma venda do início ao fim, aumentando a eficiência. Outro impacto significativo foi na autonomia dos times. Pessoas que não são da área de tecnologia já conseguem criar soluções usando IA, sem precisar recorrer aos desenvolvedores para tudo. Isso aumenta a independência e a produtividade da empresa como um todo”, explica Fialho.

IA e o mercado de trabalho

O avanço da IA também levanta questões sobre o futuro do trabalho. Segundo o especialista, a tecnologia está transformando as dinâmicas de emprego, substituindo algumas funções operacionais, e também criando novas oportunidades.

“O risco da falta de emprego existe para aqueles que não acompanham a mudança, mas, ao mesmo tempo, novas oportunidades estão surgindo. O perfil dos profissionais vai mudar, e os empreendedores precisarão de times menores, mais estratégicos e complementados por ‘funcionários virtuais’ – ou seja, agentes de IA que assumem tarefas repetitivas e operacionais”, analisa Fialho.

Dicas de IA para pequenas empresas

 

Segundo Adriano Fialho se ele tivesse que escolher uma única ferramenta essencial, seria o ChatGPT pela flexibilidade. 

“Ele não é apenas um assistente de texto, tem habilidades para pesquisa, busca de referências, geração de imagens, até conversação por voz e vídeo. É uma ferramenta versátil que pode ajudar em diversas áreas, desde atendimento ao cliente até automação de processos internos”, explica.

 

Mas existem muitas outras opções que ele recomenda e podem ser incorporadas ao dia a dia dos negócios:

  • Claude (Anthropic): Alternativa poderosa ao ChatGPT para tarefas de escrita e análise de dados.

  • MidJourney e Leonardo.AI: Plataformas especializadas na geração de imagens com IA.

  • PhotoRoom: Excelente para edição rápida de imagens para redes sociais.

  • Runway: Solução de IA para edição e criação de vídeos.

  • Descript: Ferramenta para transcrição, edição e criação de vídeos a partir de áudio.

  • ElevenLabs: IA especializada na geração de voz realista para dublagens e narrações.

  • Fireflies.ai: Ideal para transcrição automática de reuniões e chamadas.

  • Gamma.app: Ferramenta para criação automatizada de apresentações.

  • Notion AI: IA que auxilia na organização de informações e geração de resumos inteligentes.

IA como aliada do pequeno empresário

Assim como aconteceu com a internet, a IA está se tornando uma ferramenta essencial para os negócios. “Pequenos empreendedores que se adaptarem rapidamente a essa nova realidade tendem a se destacar no mercado, aproveitando todo o potencial dessa revolução tecnológica”, diz o empresário.

Segundo ele, o uso de IA pode proporcionar vantagens competitivas significativas para pequenas empresas, otimizando tempo, reduzindo custos e ampliando a eficiência operacional. No entanto, o especialista alerta para a necessidade de um uso consciente da tecnologia.

“Não basta adotar IA de qualquer jeito – é preciso conhecer bem a tecnologia, escolher a ferramenta certa para o problema certo e garantir que os dados estejam protegidos. Quem souber utilizar bem essas tecnologias, pode ganhar uma vantagem significativa no mercado. Por outro lado, quem optar por não explorar essas inovações pode enfrentar grandes desafios para acompanhar a evolução do setor”, finaliza Fialho.

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