Polícia Militar Queima Cruz em Cerimônia e Gera Controvérsia em São Paulo; MP Investiga

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Um vídeo que mostra policiais militares queimando uma cruz durante uma cerimônia em São José do Rio Preto, interior de São Paulo, provocou indignação e críticas nas redes sociais. As imagens, divulgadas inicialmente pelo próprio Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep), mostram agentes com o braço erguido enquanto o símbolo religioso é consumido pelas chamas. O Ministério Público (MP) abriu investigação para apurar a conduta dos policiais.

O comandante do 9º Baep, tenente-coronel Costa Junior, defendeu a cerimônia, afirmando que o ato faz parte de um ritual de valorização do empenho dos novos policiais que serão integrados à unidade após a conclusão do treinamento. Segundo ele, a cruz em chamas simboliza “a vitória sobre os sacrifícios”, e o evento não tem qualquer conotação religiosa, racial ou política. “Em nenhum momento, tivemos a intenção de trazer uma cerimônia com cunho religioso, político, racial”, explicou Costa Junior em vídeo divulgado no Instagram do Baep.

Apesar da justificativa, o vídeo gerou forte reação negativa na internet, com internautas comparando o ritual a práticas da Ku Klux Klan e a atos nazistas. A repercussão levou o Baep a remover o vídeo de suas redes sociais, conforme explicou o comandante, para evitar “confusão”. O MP, por sua vez, requisitou informações ao comando do Baep sobre as medidas adotadas em relação à publicação do vídeo, dando um prazo de dez dias para resposta.

A Polícia Militar (PM) também se manifestou sobre o caso, afirmando que a cerimônia tinha o intuito de representar simbolicamente a superação dos limites físicos e psicológicos enfrentados pelos policiais durante o treinamento. A corporação ressaltou que não houve intenção de associar o ato a ideologias políticas, raciais ou religiosas e que repudia qualquer alusão a símbolos nazistas ou manifestações de intolerância. A PM informou ainda que instaurou um procedimento para investigar as circunstâncias da produção do vídeo.

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) também se pronunciou, afirmando que, assim que tomou conhecimento das imagens, instaurou um procedimento para investigar o caso. A SSP garantiu que, se forem comprovadas irregularidades, os envolvidos serão responsabilizados. O caso segue sob investigação do Ministério Público e da Polícia Militar.

Fonte: http://g1.globo.com

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