A automedicação, prática que consiste em tomar medicamentos sem a orientação de um
profissional de saúde, tem se tornado cada vez mais comum no Brasil. Embora essa prática
possa trazer algumas vantagens em determinadas situações, é fundamental estar ciente dos riscos associados. Compreender quando é seguro utilizar medicamentos por conta própria e como fazê-lo de maneira adequada é essencial.
Pesquisas indicam que aproximadamente 6,1% da população brasileira utiliza medicamentos sem prescrição médica. Durante a pandemia de COVID-19, esse comportamento aumentou, especialmente entre jovens e mulheres, que passaram a usar medicamentos como o ibuprofeno, dipirona e amoxicilina de forma indiscriminada, muitas vezes sem necessidade. Essa automedicação tem contribuído para problemas sérios, como a resistência bacteriana (como uso excessivo de antibióticos), dificultando o tratamento de infecções futuras, que se tornou uma preocupação crescente na saúde pública.
Embora o uso de medicamentos como analgésicos possa ser seguro quando feito de forma
responsável, a falta de orientação médica pode levar a danos aos órgãos, como fígado e rins, além de reações adversas graves. Outro ponto crítico da automedicação é o potencial para interações medicamentosas perigosas. A combinação inadequada de certos remédios pode não apenas reduzir a eficácia do tratamento, mas também provocar efeitos colaterais sérios. Por exemplo, a associação de medicamentos como anti-inflamatório e paracetamol pode elevar a pressão arterial e prejudicar a função renal.
Então, quando é possível recorrer à automedicação de forma mais segura?
É crucial respeitar a dosagem indicada e nunca interromper o uso de antibióticos antes do
tempo, pois isso pode contribuir para o desenvolvimento de resistência, ou seja, deve-se seguir a indicação do profissional habilitado corretamente.
O uso ocasional de certos medicamentos pode ser seguro quando feito dentro das dosagens recomendadas, desde que a pessoa conheça suas condições de saúde e não tenha contraindicações. Embora a automedicação possa ocorrer em situações pontuais, contar com a orientação de um profissional de saúde é sempre a forma mais segura de garantir que o uso seja adequado e benéfico.
Em resumo, consultar um profissional de saúde sempre que possível, compreender a real
necessidade do medicamento e evitar o uso excessivo ou prolongado são passos fundamentais para garantir que o tratamento seja benéfico e não prejudicial
Amanda Gabrielly da Silva
Amanda Soares
Camila Valeria Maba
Gabriela Estevam Coelho
Professor orientador: Dr. Wellington José Gomes Pereira — Fisioterapeuta — CREFITO 8:310.359-F