Acordo EUA-Reino Unido: Entenda por que a ‘vitória’ de Trump pode ser um mau sinal para a economia global

Share

DOLÁR HOJE

Dólar: carregando...
Euro: carregando...
Libra: carregando...

Após um mês de negociações, o governo de Donald Trump anunciou o primeiro acordo comercial desde a implementação de tarifas significativas. O presidente dos EUA classificou o pacto com o Reino Unido como “completo e abrangente”. No entanto, uma análise mais detalhada revela que o acordo pode não ser tão vantajoso quanto aparenta.

Embora anunciado com entusiasmo, o acordo mantém a taxa de 10% sobre as importações britânicas, imposta por Trump em abril. Além disso, muitas das especificidades do acordo ainda estão em negociação, um fato que, segundo especialistas, coloca em xeque a solidez do pacto.

“Um acordo comercial onde os detalhes ainda estão sendo negociados não é um acordo”, afirmou Joe Brusuelas, economista-chefe da RSM, ressaltando a incerteza que a falta de clareza gera. Apesar disso, tanto Trump quanto o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, celebraram o anúncio, com Starmer chamando-o de “histórico”.

A reação do mercado financeiro foi inicialmente positiva, com as ações de Wall Street subindo após o anúncio. Contudo, analistas ponderam que o impacto real do acordo é limitado, representando apenas 3% do comércio americano total. Justin Wolfers, professor de economia da Universidade de Michigan, resume: “É melhor que nada, mas levou mais de um mês para apresentar esse nada monumental com um de nossos aliados mais próximos.”

Ainda assim, o acordo levanta preocupações sobre o futuro das negociações comerciais dos EUA com outros parceiros, especialmente a China, que enfrenta tarifas de 145% sobre a maioria de suas importações. Enquanto representantes dos EUA e da China se preparam para se encontrar em Genebra, as expectativas são modestas, com autoridades americanas buscando apenas uma “desescalada” nas tensões.

Em suma, o cenário econômico global permanece praticamente inalterado após o anúncio do acordo EUA-Reino Unido. Segundo Wolfers, “o fato mais importante sobre o acordo comercial de hoje é que as tarifas gerais de 10% permanecem”, indicando que a política tarifária agressiva dos EUA persiste, e a guerra comercial continua.

Fonte: http://www.cnnbrasil.com.br

Mais lidas

DE TUDO UM POUCO