Novas evidências surgiram em relação ao suposto plano de golpe que circulou em 2022. A Polícia Federal (PF) encontrou áudios comprometedores do agente Wladimir Soares, nos quais ele detalha a formação de um grupo armado com o objetivo de defender o então presidente Jair Bolsonaro (PL), mesmo que isso significasse usar de violência extrema.
Em um dos trechos mais impactantes, Soares declara que o grupo estava pronto para “empurrar meio mundo de gente” e “matar meio mundo de gente”, demonstrando uma disposição alarmante para o uso da força. A revelação dos áudios lança nova luz sobre a extensão e a seriedade das ameaças à democracia no período eleitoral.
As investigações apontam que Wladimir Soares teria se infiltrado na equipe de segurança do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para repassar informações estratégicas. Segundo a PF, o plano do qual Soares fazia parte incluía o assassinato de Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Nós fazemos parte de uma equipe de operações especiais que estava pronta para defender o presidente armado e com o poder de fogo elevado para empurrar quem viesse à frente. Estávamos prontos”, afirmou o agente em um dos áudios. Soares também critica Bolsonaro por não ter dado a ordem para impedir a posse de Lula, revelando uma frustração com a falta de iniciativa do ex-presidente.
A divulgação dos áudios pelo STF nesta quarta-feira (14) reacende o debate sobre os eventos que antecederam a posse de Lula e o papel de agentes públicos em supostas tentativas de golpe. Em fevereiro, a CNN já havia antecipado um trecho dos áudios em que Soares afirmava que estavam com Alexandre de Moraes na mira para atirar.
Fonte: http://www.cnnbrasil.com.br