A Alpine surpreendeu o mundo do automobilismo ao anunciar a substituição de Jack Doohan após apenas seis corridas na temporada 2025 da Fórmula 1. A decisão, considerada prematura por muitos, gerou críticas e levanto debates sobre o tratamento dado ao jovem piloto australiano. Em meio à controvérsia, Oliver Bearman e Isack Hadjar, também novatos na categoria, vieram a público defender Doohan.
Bearman, que teve uma estreia marcante na Ferrari, não hesitou em expressar sua discordância com a decisão da Alpine. “Acho que o tratamento com ele foi muito injusto”, declarou o piloto durante o Grande Prêmio da Emília-Romanha, enfatizando a pressão enfrentada por Doohan desde o início da temporada. Ele também ponderou sobre as dificuldades enfrentadas por novatos em um calendário tão exigente.
O colega Isack Hadjar, da Racing Bulls, ecoou o sentimento de Bearman, apontando a pressão como um fator crucial na queda de rendimento de Doohan. “Ele entrou com muita pressão e expectativa. Não era um ambiente favorável”, comentou o francês, ressaltando que seis corridas é um período insuficiente para provar o potencial de um piloto. Hadjar comparou a situação com a da Red Bull, conhecida por suas decisões rápidas, mas ponderou sobre a necessidade de dar tempo aos estreantes para aprender.
Liam Lawson, que também experimentou a frustração de perder uma vaga na Red Bull após poucas corridas, manifestou seu apoio a Doohan. “É um ambiente implacável”, afirmou Lawson, reconhecendo o talento de Doohan e sua capacidade de retornar à F1. “São apenas 20 vagas, é muito difícil”, completou, destacando a competitividade acirrada na categoria.
Enquanto Franco Colapinto se prepara para assumir o lugar de Doohan nas próximas cinco corridas, Jack Doohan permanecerá na Alpine, trabalhando no simulador. A defesa dos novatos a Doohan expõe as pressões enfrentadas pelos jovens pilotos na F1 e levanta questionamentos sobre a paciência das equipes no desenvolvimento de talentos.
Fonte: http://www.cnnbrasil.com.br
