Universidades Federais em Alerta: Cortes no Orçamento Acendem Sinal de Alarme na Ciência Brasileira

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A Academia Brasileira de Ciências (ABC) e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) uniram forças para expressar forte oposição aos recentes cortes orçamentários destinados às universidades federais. Em nota pública divulgada nesta semana, as entidades manifestaram “profunda preocupação” com as medidas adotadas pelo governo, que limitam o repasse de verbas e colocam em risco o funcionamento das instituições.

O decreto do Ministério da Educação, que restringe os repasses mensais, prevê que uma parcela significativa dos recursos será liberada somente nos últimos meses do ano. Essa medida, segundo a ABC e a SBPC, inviabiliza o funcionamento básico das universidades, comprometendo atividades administrativas, acadêmicas e científicas essenciais para o país. A nota conjunta alerta para o impacto severo nas instituições, caso a medida não seja revista.

A preocupação se justifica pelo papel crucial das universidades federais na produção científica nacional. “A decisão de liberar apenas no final do ano um terço dos recursos previstos inviabiliza o funcionamento básico dessas instituições”, ressalta a nota, destacando que mais de 90% da pesquisa científica brasileira é realizada nessas instituições. A limitação orçamentária, portanto, ameaça a continuidade de projetos de pesquisa e a formação de profissionais qualificados.

Em agosto do ano passado, reitores já haviam manifestado preocupação com o orçamento previsto para o ensino superior em 2025, considerado insuficiente. Embora o valor tenha apresentado um aumento de 4% em relação ao ano anterior, corrigido pelo IPCA, as universidades argumentam que a nova restrição nos repasses mensais agrava a situação.

Outras instituições também se manifestaram contrárias ao decreto. A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) alertou que a medida impossibilita o pagamento de despesas básicas, como água, luz, bolsas estudantis e o funcionamento de restaurantes universitários. Procurado, o MEC responsabilizou governos anteriores pela situação, alegando que a falta de investimentos em infraestrutura é um problema antigo.

Fonte: http://www.cnnbrasil.com.br

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