Um pneu furado pode transformar um trajeto rotineiro em um pesadelo, especialmente em áreas isoladas. Mas e se existisse uma solução para minimizar esse transtorno? Os pneus run flat prometem essa tranquilidade, permitindo que você continue dirigindo mesmo após a perda total de pressão. Vamos explorar essa tecnologia a fundo.
Esses pneus são projetados com laterais reforçadas, capazes de suportar o peso do veículo mesmo sem ar. Isso possibilita que o motorista siga viagem por uma distância limitada e a uma velocidade reduzida, até encontrar um local seguro para o reparo ou substituição. “O talão do pneu é mais largo, garantindo um ajuste seguro ao aro da roda, mesmo sem pressão interna”, explica Roberto Ayala, da Bridgestone, à CNN Brasil.
No entanto, essa conveniência tem um preço. Pneus run flat impõem restrições importantes: após um furo, a velocidade máxima recomendada é de 80 km/h, e a distância máxima a ser percorrida, em geral, é de 80 km. Além disso, o veículo precisa ter um sistema de monitoramento da pressão dos pneus (TPMS), pois a perda de pressão nem sempre é perceptível.
O custo também é um fator a ser considerado. Pneus run flat são mais caros, com preços variando de 20% a 50% superiores aos modelos convencionais, e a disponibilidade imediata para algumas medidas pode ser limitada. Eles também são mais pesados, o que pode impactar levemente o consumo de combustível.
A decisão de optar por pneus run flat depende das prioridades do motorista e das condições de uso do veículo. “Em termos de segurança e conveniência, eles oferecem vantagens significativas, como a possibilidade de continuar dirigindo após um furo”, pondera Ayala. Contudo, é fundamental avaliar se as vantagens superam as limitações e o custo adicional.
É crucial verificar as recomendações do fabricante do veículo e das rodas antes de fazer a mudança. Nem todas as rodas de liga leve são compatíveis com pneus run flat, e podem ser necessárias alterações na suspensão e direção. A instalação inadequada pode comprometer a segurança e o desempenho do veículo.
Em caso de furo, a reparação de um pneu run flat é possível, desde que a quilometragem percorrida sem pressão não tenha excedido o limite recomendado. No entanto, a maioria dos fabricantes aconselha a substituição após rodar sem ar, devido ao risco de danos na estrutura interna do pneu. A exceção seria em casos de perda de ar com o veículo parado, sempre com inspeção técnica posterior.
As condições das estradas também devem ser levadas em conta. “Em áreas urbanas ou rodovias bem conservadas, os pneus Run Flat oferecem vantagens claras. Já em regiões com estradas mal-conservadas, o motorista deve estar atento e considerar suas especificidades de uso”, alerta Ayala. Avalie o tipo de terreno que você enfrenta regularmente antes de tomar uma decisão.
Fonte: http://www.cnnbrasil.com.br