Bancos dos EUA Hesitam em Acelerar no Mercado de Criptomoedas Apesar de Sinais Positivos de Reguladores

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Grandes bancos dos Estados Unidos avaliam cautelosamente a expansão para o mercado de criptomoedas, aguardando um sinal verde mais explícito dos órgãos reguladores. Internamente, as instituições financeiras discutem estratégias, mas a implementação em larga escala depende de um ambiente regulatório mais claro e favorável.

Enquanto a definição regulatória não se consolida, a abordagem inicial dos bancos se concentra em projetos piloto, parcerias estratégicas e negociação limitada de moedas digitais. Essa postura conservadora, revelada por executivos do setor, reflete o desejo de evitar riscos em um mercado ainda incerto.

Apesar do apetite crescente pelo universo cripto, gigantes de Wall Street se mostram reticentes em dar o primeiro passo, temendo potenciais problemas com mudanças nas regras. A cautela se justifica por restrições regulatórias que historicamente limitaram a atuação dos bancos nesse mercado.

Contudo, um movimento ousado e bem-sucedido de um grande player do setor pode desencadear uma corrida, impulsionando outras instituições a lançarem seus próprios projetos piloto e a explorarem novas oportunidades de negócios. A expectativa é que a clareza regulatória atue como catalisador para uma expansão mais robusta.

Entretanto, nem todos compartilham do mesmo entusiasmo. Jamie Dimon, CEO do JPMorgan Chase, expressou ceticismo em relação às criptomoedas, mencionando preocupações com alavancagem, uso indevido, lavagem de dinheiro e tráfico. “Não sou fã dele”, afirmou Dimon, ressaltando que o banco não pretende custodiar ativos digitais.

Ainda assim, o cenário regulatório mostra sinais de mudança, com Donald Trump prometendo ser o primeiro “presidente das criptomoedas”. Essa postura, aliada a novas diretrizes de órgãos como o U.S. Office of the Comptroller of the Currency (OCC), sinaliza um ambiente mais receptivo à inovação.

“A mudança na postura é encorajadora para os bancos tradicionais, mas eles ainda estão abordando o assunto com cautela”, pondera Dario de Martino, sócio da A&O Shearman. Os bancos veem as mudanças na regulamentação como uma oportunidade de se envolver, mas não como uma carta branca.

Negócios de custódia, parcerias com empresas de criptomoedas e até mesmo a emissão de stablecoins conjuntas estão no radar dos grandes bancos. A Charles Schwab, por exemplo, planeja oferecer negociação de ativos digitais à vista em breve, refletindo a confiança no futuro do mercado.

Por fim, os bancos buscam diretrizes consistentes entre os reguladores bancários e de mercado antes de lançarem novos negócios em ativos digitais, cujos valores são voláteis. A supervisão de combate à lavagem de dinheiro também é uma preocupação central, segundo fontes do setor.

Fonte: http://www.cnnbrasil.com.br

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