O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, soou o alarme sobre a crescente presença militar russa na fronteira norte. Segundo ele, cerca de 50 mil soldados foram reunidos perto da região de Sumy, indicando potenciais preparativos para uma nova ofensiva. No entanto, Zelensky assegurou que medidas preventivas estão sendo tomadas para frustrar qualquer tentativa de incursão em larga escala por parte de Moscou.
Essa movimentação ocorre em um momento crítico, com a Rússia aparentemente se preparando para uma ofensiva de verão. Paralelamente, Kiev aguarda um memorando de Moscou detalhando as condições para um possível cessar-fogo, em meio a um conflito que se arrasta por meses e tem consumido recursos e vidas. A região de Sumy, alvo do alerta, faz fronteira com a região russa de Kursk, área onde a Ucrânia manteve uma presença territorial significativa por vários meses.
Zelensky destacou a gravidade da situação durante uma declaração à imprensa, afirmando que as “maiores e mais fortes forças” russas estão concentradas na frente de Kursk. O objetivo, segundo o presidente ucraniano, seria “expulsar nossas tropas da região de Kursk e preparar ações ofensivas contra a região de Sumy”. Essa escalada na fronteira norte levanta sérias preocupações sobre o futuro do conflito e a segurança da população civil na região.
Enquanto a tensão aumenta no norte, a Rússia tem avançado em outras frentes, capturando vilarejos fronteiriços e ganhando terreno no leste da Ucrânia, perto da cidade de Kostyantynivka. Apesar desses avanços, Zelensky afirmou que as forças russas foram repelidas em alguns desses locais nos últimos dias. Paralelamente aos combates, esforços diplomáticos continuam, com a Turquia, o Vaticano e a Suíça sendo considerados por Zelensky como locais realistas para futuras negociações com a Rússia.
Além da frente de batalha, Zelensky busca fortalecer a capacidade de defesa da Ucrânia. Ele expressou a necessidade de US$ 30 bilhões para financiar integralmente o setor de produção de armas do país, que está em rápida expansão. O presidente também confirmou sua participação na próxima cúpula do G7 e da União Europeia, buscando apoio internacional para a Ucrânia em meio ao conflito contínuo.
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