Crise do IOF: ‘Totalmente Previsível’, Alerta Ex-Diretor do Banco Central

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A recente turbulência em torno do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) no Brasil não surpreende Tony Volpon, ex-diretor do Banco Central (BC) e colunista da CNN Money. Em análise contundente, Volpon aponta o dedo para decisões fiscais passadas, que, segundo ele, pavimentaram o caminho para o atual cenário econômico desafiador.

O economista credita a raiz do problema a escolhas feitas no ano anterior, especialmente em relação ao pacote fiscal. “Você inicia uma dinâmica onde o crescimento desses gastos obrigatórios supera o crescimento da receita”, explicou, referindo-se à não adesão às propostas de contenção de gastos defendidas pela Fazenda e pelo Planejamento, dentro do arcabouço fiscal.

Para equilibrar as contas, o governo recorreu a medidas como bloqueios e contingenciamentos de gastos. Quando essas ações se mostraram insuficientes, a solução encontrada foi o aumento do IOF, uma manobra duramente criticada por Volpon: “Apesar de ser realmente o pior imposto possível para você fazer esse tipo de ajuste, porque ele não é um imposto feito para arrecadar, e sim para regular”.

Volpon demonstra ceticismo em relação às iniciativas do Congresso Nacional para solucionar a crise. Ele as considera “remendos” temporários, como a busca por receitas atípicas ou leilões, que não atacam a raiz do problema na política fiscal. Segundo ele, o país repete a mesma dinâmica de governos passados.

O ex-diretor do BC traça um paralelo com o primeiro governo de Dilma Rousseff, alertando para os riscos de adiar um ajuste fiscal consistente. Ele prevê que, independentemente do resultado das eleições de 2026, o próximo governo enfrentará grandes desafios para implementar as medidas necessárias. O Brasil, segundo Volpon, está perdendo oportunidades no cenário global por não endereçar a questão fiscal de forma crível, o que poderia atrair investimentos estrangeiros.

Fonte: http://www.cnnbrasil.com.br

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