Taylor Swift anunciou nesta sexta-feira a recuperação dos direitos de seus seis primeiros álbuns, marcando o fim de uma disputa de seis anos pela propriedade de sua obra. A cantora e compositora americana celebrou a conquista em uma carta manuscrita publicada em seu site, expressando gratidão aos fãs pelo apoio durante a batalha. “Toda a música que eu fiz… agora pertence… a mim”, declarou a artista, enfatizando a importância dessa vitória para sua carreira.
A aquisição incluiu não apenas as gravações originais, mas também clipes, filmes de shows, arte dos álbuns, canções inéditas, memórias e todo o material relacionado a suas primeiras turnês. Swift desembolsou US$ 360 milhões (aproximadamente R$ 2 bilhões) ao fundo de investimentos Shamrock Holdings, o último proprietário de sua música, para concretizar o acordo. A superestrela, que iniciou sua trajetória na música country, descreveu a realização como um sonho.
A disputa pelos direitos começou em 2019, quando Scooter Braun, magnata da indústria musical, adquiriu a Big Machine, gravadora responsável pelos seis primeiros álbuns de Swift. Posteriormente, Braun revendeu a gravadora para a Shamrock Holdings por cerca de US$ 300 milhões (R$ 1,7 bilhão na época). Em resposta, Swift iniciou um projeto de regravação de seus álbuns, lançando as chamadas “Taylor’s Version” para desvalorizar as gravações originais.
Até o momento, a cantora já regravou com sucesso quatro dos seis primeiros álbuns, incluindo “Fearless”, que lhe rendeu quatro Grammys e vendeu mais de 10 milhões de cópias nos Estados Unidos. Quanto aos álbuns “Reputation” e “Taylor Swift”, a artista sinalizou que eles “podem ter seu momento para reemergir no momento apropriado”, deixando a decisão nas mãos dos fãs. Swift já é a primeira artista a ganhar quatro Grammys de Melhor Álbum, superando nomes como Frank Sinatra, Stevie Wonder e Paul Simon.
“Tudo que sempre quis foi ter a oportunidade de trabalhar duro o suficiente para conseguir um dia comprar os direitos da minha música sem amarras”, escreveu Swift, resumindo sua motivação na busca pela autonomia sobre sua obra. A cantora também agradeceu à Shamrock Holdings pela negociação, reconhecendo que, embora fosse um acordo comercial, eles entenderam o significado da conquista para ela: “minhas memórias e meu suor e minha escrita e minhas décadas de sonhos”. A batalha de Swift reacendeu o debate sobre a propriedade do trabalho de artistas e as condições contratuais na indústria musical.
Fonte: http://jovempan.com.br