O inquérito que investiga o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por supostos ataques ao Judiciário brasileiro dominou o debate político desta sexta-feira (30). Em “O Grande Debate”, da CNN Brasil, os líderes Lindbergh Farias (PT-RJ) e Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) protagonizaram um embate acalorado sobre as implicações do caso.
No centro da discussão, a Polícia Federal agendou para o dia 5 de junho o depoimento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), apontado pelo ministro Alexandre de Moraes como o “responsável financeiro” pela estadia de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos. O caso ganhou contornos de crise política, com potencial para impactar o cenário eleitoral futuro.
Lindbergh Farias, autor de um pedido de cassação contra Eduardo Bolsonaro, acusou o parlamentar de traição e ataque à soberania nacional, comparando suas ações no exterior com os atos de vandalismo ocorridos em 8 de janeiro. “Qual a diferença do Eduardo para quem quebrou todo o Supremo no dia 8 de janeiro?”, questionou o petista, que promete apresentar provas à PF.
Em contrapartida, Sóstenes Cavalcante defendeu as ações de Eduardo Bolsonaro, traçando um paralelo com as denúncias feitas por membros do PT contra o Judiciário durante a prisão do presidente Lula na Operação Lava Jato. “Em 2017, 2018, parlamentares do PT rodaram mais de 30 países do mundo para denunciar o Judiciário brasileiro”, argumentou.
Além disso, o líder do PL na Câmara ressaltou que a judicialização do caso pode, ironicamente, fortalecer Eduardo Bolsonaro para futuras eleições. “Todo político que é perseguido acaba saindo mais forte”, concluiu Sóstenes, indicando que o inquérito pode impulsionar as ambições políticas do filho do ex-presidente para 2026.
Fonte: http://www.cnnbrasil.com.br