Após um julgamento que se estendeu por dois dias no Fórum Criminal da Barra Funda, em São Paulo, Paulo Cupertino foi considerado culpado pelo brutal assassinato do ator Rafael Miguel e seus pais, João Alcisio Miguel e Míriam Selma da Silva. A sentença, proferida na noite de sexta-feira (30), impôs uma pena de 98 anos de prisão ao réu, marcando um ponto final em um caso que chocou o país.
O julgamento, conduzido por um júri popular composto por sete pessoas, teve início na quinta-feira (29), com a oitiva de testemunhas e dos réus. Além de Cupertino, Wanderley Antunes Ribeiro Senhora e Eduardo José Machado, acusados de auxiliarem na fuga do criminoso, também foram ouvidos. Contudo, o Conselho de Sentença decidiu absolvê-los das acusações.
A sessão de sexta-feira foi marcada por intensos debates entre a acusação e a defesa, estendendo-se por mais de dez horas. Ao final das discussões, o juiz Antônio Carlos Pontes de Souza proferiu a sentença, após a votação dos jurados, selando o destino de Cupertino.
O crime que culminou na condenação ocorreu em 9 de junho de 2019, quando Rafael Miguel, conhecido por sua participação na novela Chiquititas, foi assassinado a tiros juntamente com seus pais, enquanto visitavam a casa da então namorada do ator. A motivação do crime, segundo o Ministério Público de São Paulo, foi o inconformismo de Paulo Cupertino com o relacionamento da filha com Rafael, impulsionado por um ciúme possessivo.
Após o crime, Cupertino permaneceu foragido por quase três anos, sendo capturado apenas em maio de 2022. Durante esse período, ele transitou por cerca de 100 endereços em três países diferentes: Brasil, Paraguai e Argentina, numa tentativa desesperada de escapar da Justiça. A condenação representa um alívio para familiares e amigos das vítimas, que clamavam por justiça desde o dia da tragédia.
Fonte: http://massa.com.br
