A Pinacoteca de São Paulo inaugura neste sábado (31) a exposição “Pop Brasil: vanguarda e nova figuração 1960-70”, na Pina Contemporânea. Com mais de 250 obras de 100 artistas diferentes, a mostra promete ser um dos maiores eventos artísticos do ano na cidade. A exposição busca explorar a efervescência criativa de um período marcado por transformações sociais e políticas no Brasil.
Sob a curadoria de Pollyana Quintella e Yuri Quevedo, a exposição se organiza em torno de temas que refletem os principais acontecimentos das décadas de 1960 e 70. O surgimento da indústria cultural, a repressão da ditadura militar e as profundas mudanças sociais são alguns dos eixos centrais da mostra. O objetivo é proporcionar uma imersão no contexto da época, revelando como os artistas brasileiros responderam a esses desafios através da arte pop.
A exposição destaca como a pop arte, influenciada por nomes como Andy Warhol e Roy Lichtenstein, ganhou uma roupagem brasileira. “A exposição lida com um momento da história do país que ainda hoje ressoa em nosso cotidiano”, afirmam os curadores. Eles complementam que “olhar para essa produção é importante para entender o início da arte contemporânea entre nós”.
Um dos pontos altos da exposição é a oportunidade de interagir com os famosos parangolés de Hélio Oiticica. Os visitantes poderão vestir e experimentar essas capas, faixas e bandeiras, que carregam frases políticas e poéticas. Os parangolés foram apresentados pela primeira vez há 60 anos, na mostra Opinião 65, no MAM-Rio.
A mostra também aborda a influência da indústria cultural em formação, retratando estrelas da música popular brasileira e a corrida espacial. As obras expõem ícones artísticos como Caetano Veloso, Roberto Carlos e Bob Dylan. A exposição fica em cartaz até 5 de outubro, com ingressos a R$ 30 (inteira) e entrada gratuita aos sábados e no segundo domingo do mês.
Fonte: http://www.cnnbrasil.com.br
