Setor Produtivo em Alerta: Aumento do IOF é Visto Como Obstáculo ao Crescimento Econômico

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A recente elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) provocou forte reação nos diversos setores da economia brasileira. Empresas de diferentes áreas manifestaram preocupação com a medida, argumentando que ela onera o crédito e, consequentemente, dificulta o desenvolvimento econômico.

O impacto negativo, segundo a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), reside no aumento dos custos para as empresas, especialmente as do setor industrial. “O efeito será muito negativo sobre a atividade econômica e vai inibir investimentos”, declarou a Fiesp, ressaltando as dificuldades de acesso ao crédito já existentes.

A medida contrasta com iniciativas governamentais de fomento à produção, como o programa Nova Indústria Brasil (NIB). Rafael Cervone, presidente do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), classifica o aumento do IOF como mais um componente do chamado “custo Brasil”.

Cervone destaca ainda o aumento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para a indústria, somando-se a outros fatores que limitam o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). “As duas medidas somam-se a todos os problemas geradores do ‘Custo Brasil’, que tem limitado há tempos o crescimento do PIB e sufocado a indústria”, pontua.

Além do aumento do IOF, a taxa Selic elevada, atualmente em 14,75% ao ano, também exerce pressão sobre o crédito no país. A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) alerta que a medida agrava o custo do crédito para as empresas, impactando a atividade produtiva e o investimento.

O varejo também demonstra apreensão com a elevação do imposto. A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia (Fecomércio-BA) aponta para o risco do encarecimento do crédito e as distorções geradas nas operações cambiais.

Diante do cenário, diversas entidades lançaram um manifesto pedindo que o Congresso Nacional derrube o decreto do IOF. O documento, assinado por confederações como CNC, CNI e CNA, ressalta que a medida gera imprevisibilidade e aumenta os custos para produzir no país.

Felipe Tavares, economista-chefe da CNC, explicou que o aumento do IOF desincentiva operações de crédito e cambiais, afetando a estrutura de custos das empresas. “Isso reflete em dificuldades na atividade econômica, além de gerar uma sinalização muito ruim em termos de segurança jurídica”, afirmou.

Em contrapartida, Dyogo Oliveira, presidente da CNSeg, manifestou otimismo quanto à reversão da medida, considerando seu impacto. “O setor [de seguros] financia 25% da dívida pública deste mesmo governo que quer impor um IOF tão absurdo”, argumentou.

Fonte: http://www.cnnbrasil.com.br

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