Donald Trump demitiu Kim Sajet, diretora da National Portrait Gallery em Washington, DC, na sexta-feira (30), intensificando sua oposição às políticas de diversidade, equidade e inclusão (DEI). O ex-presidente descreveu Sajet como uma defensora dessas iniciativas, alegando que tal postura seria inadequada para a liderança do museu. A demissão, anunciada em uma publicação nas redes sociais, gerou debates sobre a influência política na gestão de instituições culturais.
Trump não especificou ações ou declarações de Sajet que motivaram a decisão. Em sua postagem na Truth Social, o republicano afirmou que estava atendendo a pedidos para rescindir o contrato de Sajet, a quem descreveu como “altamente partidária” e defensora da DEI. O ex-presidente acrescentou que um novo diretor para a galeria será nomeado em breve.
A National Portrait Gallery, parte da Smithsonian Institution, abriga uma vasta coleção de retratos de figuras americanas notáveis, incluindo todos os presidentes. A Smithsonian Institution, embora receba grande parte de seu financiamento do Congresso, opera de forma independente do governo federal, levantando questões sobre a autoridade de Trump para demitir Sajet. A instituição e representantes de Sajet não responderam de imediato aos pedidos de comentários.
A demissão de Sajet representa o mais recente episódio na cruzada de Trump contra as iniciativas de DEI, em um momento em que ele busca remodelar o cenário cultural na capital americana. Anteriormente, Trump demitiu membros do conselho do Kennedy Center, chegando a se autoproclamar presidente da instituição. Tais ações têm alarmado defensores da diversidade, que temem o retrocesso em décadas de esforços para promover a igualdade para comunidades marginalizadas.
Sajet, historiadora de arte nascida na Nigéria, liderava a galeria desde 2013 e foi a primeira mulher a ocupar o cargo. Em entrevista ao Washington Post em 2015, ela refletiu sobre os esforços do museu para abordar questões de raça e gênero, questionando a representatividade de mulheres e afro-americanos na coleção: “Não podemos corrigir os males da história. Como vamos mostrar a presença da ausência?”
Fonte: http://www.cnnbrasil.com.br