Em uma escalada dramática do conflito, a Ucrânia reivindicou a responsabilidade por um ataque de drones em larga escala contra alvos militares dentro do território russo neste domingo (1º). Uma fonte de segurança ucraniana, falando sob condição de anonimato à Reuters, alegou que a operação foi conduzida pela agência de inteligência doméstica SBU e teve como alvo quatro bases aéreas russas simultaneamente. A alegação ucraniana, se confirmada, representa um dos ataques mais audaciosos e impactantes em solo russo desde o início da guerra.
De acordo com a fonte ucraniana, o ataque teria atingido cerca de 40 aeronaves militares russas, incluindo bombardeiros estratégicos Tu-95 e Tu-22. Esses aviões são cruciais para a Rússia em seus ataques com mísseis de longo alcance contra a Ucrânia. “Os ataques foram conduzidos pela SBU e tiveram como alvo quatro bases aéreas militares russas”, afirmou a fonte. Imagens de vídeo supostamente mostrando alguns dos ataques foram compartilhadas, exibindo aeronaves em chamas em locais que a Reuters conseguiu geolocalizar como aeródromos nas regiões russas de Irkutsk e Murmansk.
Embora a Reuters não tenha conseguido verificar de forma independente a data em que os vídeos foram filmados, autoridades russas também relataram ataques de drones nas regiões de Irkutsk e Murmansk no mesmo dia, corroborando a alegação ucraniana. A Ucrânia, que não possui a mesma capacidade de mísseis de longo alcance da Rússia, tem se concentrado no desenvolvimento de uma frota significativa de drones de ataque, visando instalações militares e de energia russas.
Paralelamente a esses eventos, a Força Aérea Ucraniana relatou que a Rússia lançou um ataque aéreo massivo contra o território ucraniano, utilizando 472 drones e sete mísseis. As defesas aéreas ucranianas afirmaram ter abatido 382 drones e três mísseis. Este ataque noturno foi descrito como o maior desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022.
Em meio à intensificação das hostilidades, diplomatas russos e ucranianos se preparam para se reunir em Istambul, na Turquia, nesta segunda-feira (2), para negociações diretas. O objetivo dessas discussões é buscar um caminho para resolver o conflito, que já causou um número estimado de 1,2 milhão de mortos e feridos, de acordo com Washington. A comunidade internacional observa atentamente esses desenvolvimentos, buscando sinais de um possível avanço para a paz.
Fonte: http://www.cnnbrasil.com.br