quinta-feira, junho 5, 2025

Contrabando de Cigarros no Nordeste Financia Crime Organizado e Gera Prejuízos Bilionários

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Um estudo recente do Ipec, encomendado pelo Fórum Nacional contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP), revela um cenário alarmante no Nordeste: a região lidera a participação de cigarros ilícitos no país. De cada 100 cigarros vendidos, 43 são ilegais, superando a média nacional de 32%. Esse alto índice alimenta o crime organizado, que encontra no contrabando uma fonte significativa de recursos.

Os estados do Maranhão, Piauí e Rio Grande do Norte apresentam os maiores índices de participação no comércio ilegal. No Maranhão, impressionantes 70% dos cigarros comercializados são de origem ilícita, injetando R$ 356 milhões nas operações do crime organizado em 2024. A evasão fiscal resultante atinge R$ 111 milhões apenas em ICMS.

“O crescimento do mercado ilegal é resultado de diversos fatores, como a fragilidade das fronteiras, o poder de articulação das facções criminosas e a alta carga tributária sobre o produto legal”, explicam especialistas. No Maranhão, o aumento do ICMS sobre cigarros em 2024 ampliou a diferença de preço entre os produtos legais e contrabandeados, incentivando ainda mais o consumo dos ilícitos.

Em âmbito nacional, o contrabando já domina 32% do mercado de cigarros, movimentando 34 bilhões de unidades ilegais em 2024, um montante avaliado em R$ 9 bilhões. A evasão fiscal provocada pelo contrabando de cigarros alcançou a cifra de R$ 7,2 bilhões apenas em 2024, elevando o prejuízo acumulado nos últimos 12 anos para aproximadamente R$ 105 bilhões.

A lucratividade do mercado ilegal de cigarros é tamanha que as organizações criminosas estabelecem fábricas clandestinas no país, produzindo cópias de marcas paraguaias contrabandeadas. Em 2023, a polícia desmantelou nove dessas fábricas, que operavam em galpões com mão de obra paraguaia em condições precárias. Nos últimos 13 anos, mais de 64 fábricas foram desativadas em todo o país, com um potencial de faturamento anual estimado em R$ 4 bilhões.

Fonte: http://jovempan.com.br

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