O Rio Grande do Sul anunciou uma mudança estratégica no combate à gripe aviária. A partir desta sexta-feira (30), as quatro barreiras sanitárias fixas, que operavam em Montenegro, foram desativadas. A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) justifica a decisão pela ausência de novos focos da doença na região.
Em vez das estruturas fixas, a fiscalização passa a ser realizada por equipes móveis, que atuarão de forma estratégica em toda a área de risco. Além disso, a rotina de vistorias nas propriedades rurais também será alterada, visando otimizar os recursos e maximizar a eficiência das ações de controle.
As equipes do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA) intensificarão as inspeções em um raio de 10 quilômetros do local onde o vírus foi identificado. As visitas ocorrerão em quatro datas específicas, entre 1º e 17 de junho, abrangendo um raio maior do que o anteriormente monitorado, que era de três quilômetros.
De acordo com Rosane Collares, diretora do DDA, a mudança reflete uma adaptação ao contexto sanitário e demográfico da região. “Esta mudança na estratégia é considerada mais adequada para o atual contexto sanitário e demográfico da região, marcada pela ausência de produções comerciais e pela predominância de pequenas criações familiares”, explicou.
A diretora também ressaltou que a nova estratégia busca otimizar o uso de recursos humanos e materiais. “As operações serão realizadas de forma aleatória, com variação de horários e locais, focadas na fiscalização de cargas alvo. A mudança visa maximizar o fator surpresa e melhorar a mobilização das equipes de fiscalização”, completa Rosane Collares. Vale lembrar que a granja em Montenegro, onde o primeiro foco em granja comercial do Brasil foi detectado, está em período de vazio sanitário, com previsão de término em 18 de junho.
O Serviço Veterinário Oficial do Rio Grande do Sul (SVO-RS) reitera que o consumo de carne de aves e ovos comercializados é seguro, pois a gripe aviária não é transmitida por esses alimentos. Com a ausência de novos casos e a implementação da nova estratégia de fiscalização, o estado busca garantir a segurança sanitária da produção avícola e a saúde da população.
Fonte: http://www.cnnbrasil.com.br