Personalização preditiva: como a IA está revolucionando o marketing segmentado

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Especialista explica como marcas estão usando inteligência artificial para ajustar campanhas em tempo real e conquistar mais resultados com menos desperdício de mídia

Especialista em marketing e estratégia de negócios, Frederico Burlamaqui

Com o avanço das tecnologias de inteligência artificial e o aumento na coleta de dados de comportamento do consumidor, a personalização em escala deixou de ser uma promessa futurista e passou a ser um recurso essencial nas estratégias de marketing modernas. Cada vez mais, marcas estão substituindo campanhas genéricas por experiências moldadas em tempo real, com base nas preferências e nos hábitos de cada consumidor.

Segundo o especialista em marketing e estratégia de negócios, Frederico Burlamaqui, essa transformação é impulsionada por ferramentas de IA que tornam possível adaptar conteúdo, canais e mensagens para diferentes públicos de forma automática. “Hoje, conseguimos identificar o que cada grupo de clientes valoriza, prever comportamentos de compra e, principalmente, entregar mensagens que fazem sentido naquele momento. Isso gera mais conexão, aumenta a conversão e reduz custos com mídia desperdiçada”, explica.

Um exemplo claro está no varejo digital, em que mecanismos preditivos indicam produtos com alta chance de interesse com base no histórico de navegação e compra. Em campanhas de email marketing, a IA já é capaz de definir horários ideais de envio, adaptar assuntos e até reescrever mensagens de acordo com o perfil do consumidor. Já em plataformas de mídia paga, como Google e Meta Ads, o uso de segmentações dinâmicas com base em aprendizado de máquina tem potencializado o retorno sobre investimento.

Frederico destaca que a personalização preditiva vai além da tecnologia e requer uma mudança de mentalidade. “Não se trata apenas de automatizar campanhas, mas de compreender profundamente o público-alvo e construir uma jornada relevante e fluida. A IA entra como aliada para transformar dados em decisões mais rápidas e mais eficazes, mas é a estratégia que garante o impacto”, afirma.

A IA é um facilitador e uma ferramenta, mas não substitui a inteligência e as competências do profissional de marketing e de gestão. “Ela oferece uma contribuição cada vez melhor no processamento de grandes volumes de dados e análises de informação, porém é fundamental a ação humana competente no que se refere a melhor decisão e forma de execução”, completa o especialista.

O uso ético e transparente dos dados é outro ponto que deve ser levado em consideração. Com o fim dos cookies de terceiros se aproximando, empresas que estruturarem bem seus próprios bancos de dados (first-party data) terão mais vantagem competitiva e capacidade de personalização real. “Quem entende o comportamento do seu público e entrega valor com inteligência, sai na frente. E a inteligência agora também é artificial”, conclui Frederico.

Dicas de Frederico Burlamaqui para aplicar personalização preditiva nas campanhas:

Invista em dados próprios (first-party): incentive cadastros, interações e programas de fidelidade para conhecer melhor seu público.

Integre seus dados em uma única plataforma: CRMs e CDPs (Customer Data Platforms) ajudam a consolidar informações e gerar insights acionáveis.

Use IA de forma gradual e estratégica: comece por testes A/B com personalização de mensagens, depois evolua para recomendações de produto e automação de jornada.

Respeite a privacidade do usuário: deixe claro como os dados são usados e ofereça sempre opções de consentimento e controle.

Analise continuamente os resultados: a personalização precisa ser ajustada com base no comportamento real e nos dados de performance.

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