O presidente de El Salvador, Nayib Bukele, reagiu às críticas sobre seu estilo de governo durante seu discurso anual no domingo (1º), minimizando as preocupações sobre ser rotulado de “ditador”. Bukele enfatizou que sua prioridade é garantir a segurança e a paz para os cidadãos salvadorenhos, mesmo que isso signifique enfrentar acusações de autoritarismo.
“Sabe de uma coisa? Não me importo que me chamem de ditador. Prefiro ser chamado de ditador a ver salvadorenhos sendo mortos nas ruas”, declarou Bukele, demonstrando uma postura desafiadora em relação às críticas internacionais. Essa declaração surge em meio a controvérsias sobre suas políticas de segurança nacional.
A gestão de Bukele tem sido marcada por medidas rigorosas, incluindo toques de recolher, repressão à oposição e a defensores dos direitos humanos, além de detenções em massa. Essas ações geraram críticas de diversas ONGs e ativistas, que questionam o respeito aos direitos humanos e o devido processo legal em El Salvador.
Durante o discurso, Bukele também criticou a visita de parlamentares americanos ao país, alegando que faz parte de uma estratégia para desestabilizar El Salvador. Ele se referiu especificamente às visitas à CECOT, a megaprisão para onde migrantes deportados pelos Estados Unidos são enviados, incluindo o caso de Kilmar Abrego, deportado por engano durante o governo Trump.
Apesar das críticas e controvérsias, Bukele permanece popular em El Salvador, onde muitos o veem como um líder forte e eficaz no combate à criminalidade e na melhoria da segurança pública. No entanto, a comunidade internacional continua atenta aos seus métodos e ao impacto de suas políticas nos direitos e liberdades civis.
Fonte: http://www.cnnbrasil.com.br
