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quinta-feira, junho 5, 2025

EUA Impõem Restrições de Visto a Funcionários Estrangeiros Ligados a Programas Médicos Cubanos

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Os Estados Unidos anunciaram novas restrições de visto direcionadas a funcionários de governos da América Central, acusados de envolvimento em práticas de trabalho forçado e exploração em missões médicas cubanas. A medida, revelada pelo Secretário de Estado Marco Rubio, visa responsabilizar aqueles que, segundo Washington, sustentam um sistema que “abusa dos participantes” e “enriquece o regime corrupto cubano”. Os nomes dos indivíduos sancionados e seus respectivos países não foram divulgados.

Rubio, um crítico ferrenho do governo cubano, enfatizou que o programa de exportação de mão de obra médica de Cuba priva os cidadãos de “atendimento médico essencial”. Ele reiterou a acusação de que o regime cubano se beneficia financeiramente da exploração de seus profissionais de saúde enviados para o exterior.

Havana, por sua vez, nega veementemente as acusações, classificando-as como parte de uma campanha difamatória. O governo cubano, liderado por Miguel Díaz-Canel, ainda não se manifestou sobre as sanções mais recentes. No entanto, Cuba defende há décadas seus programas de cooperação médica internacional, destacando o papel de seus profissionais em zonas de desastre e no combate a surtos de doenças em todo o mundo, incluindo a luta contra a cólera no Haiti e o ebola na África Ocidental.

Além das ações humanitárias, Cuba expandiu o envio de médicos para missões rotineiras em troca de recursos financeiros, uma prática que se tornou crucial para a economia do país, especialmente diante da crise financeira prolongada que enfrenta. Um exemplo notório é o programa Mais Médicos no Brasil, que entre 2013 e 2018, durante o governo Dilma Rousseff, contou com a atuação de mais de 8 mil médicos cubanos. O programa gerou controvérsia, com críticas sobre a retenção de parte dos salários dos profissionais pelo governo cubano, o que, para alguns, configurava exploração.

As relações entre Cuba e os Estados Unidos permanecem tensas desde a revolução de 1959, resultando em um embargo econômico e comercial de mais de seis décadas. Marco Rubio, filho de imigrantes cubanos, tem sido um dos principais opositores do regime comunista de Havana, endurecendo seu discurso nos últimos meses e cancelando iniciativas que buscavam aliviar as sanções econômicas contra a ilha.

Fonte: http://revistaoeste.com

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