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quinta-feira, junho 5, 2025

Futebol Inflacionado: Receitas da Série A Disparam, Mas Dívidas Atingem Níveis Alarmantes em 2024

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O futebol brasileiro experimentou um boom financeiro na temporada de 2024, impulsionado por um aumento notável nas receitas dos clubes da Série A. Um relatório abrangente, fruto da parceria entre Convocados, Outfield Inc e Galapagos Capital, revelou números impressionantes sobre o desempenho financeiro dos times. Os dados foram apresentados nesta segunda-feira (2).

De acordo com o levantamento, a arrecadação total dos clubes da elite do Brasileirão alcançou a marca histórica de R$ 10,2 bilhões na última temporada. Esse montante representa um crescimento de aproximadamente 10% em relação ao ano anterior, evidenciando um novo patamar financeiro para o futebol nacional. Trata-se do maior valor já registrado na história da Série A.

Três gigantes do futebol brasileiro se destacaram ao ultrapassar a marca de R$ 1 bilhão em receitas individuais em 2024. Flamengo lidera o ranking com R$ 1,287 bilhão, seguido de perto por Palmeiras (R$ 1,128 bilhão) e Corinthians (R$ 1,120 bilhão). Esse desempenho financeiro demonstra a força das marcas e a capacidade de geração de receita desses clubes.

Além das receitas gerais, a negociação de jogadores também impulsionou o faturamento dos clubes. Em 2024, as transferências renderam um total de R$ 2,3 bilhões aos times da Série A, representando um aumento de 31% em relação ao período anterior. A capacidade de revelar e negociar talentos se mostra cada vez mais crucial para a saúde financeira dos clubes.

Entretanto, nem tudo são flores no cenário financeiro do futebol brasileiro. O relatório também aponta para um aumento preocupante no endividamento dos clubes da Série A, que fecharam 2024 com uma dívida total de R$ 14,6 bilhões, um salto considerável em relação aos R$ 11,9 bilhões registrados em 2023.

Diante desse cenário, o especialista em finanças Cesar Grafietti expressou sua preocupação: “Ao analisar os números de 2024 fico com a mesma sensação de 2014: o dinheiro aumentou, e ao invés de servir para equacionar problemas, foi um indutor deles: mais investimentos, mais gastos, mais dívidas, num país cuja taxa de juros básica é estruturalmente alta”. Essa declaração serve de alerta para a necessidade de uma gestão financeira mais eficiente e responsável por parte dos clubes.

Fonte: http://www.cnnbrasil.com.br

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