A Holanda enfrenta uma grave crise política após a renúncia do primeiro-ministro Dick Schoof nesta terça-feira. A decisão ocorreu em decorrência do rompimento da coalizão governamental pelo Partido pela Liberdade (PVV), liderado por Geert Wilders, lançando incertezas sobre o futuro da administração do país.
O anúncio da renúncia de Schoof precipitou a formação de um governo interino, que deverá permanecer no poder até a realização de novas eleições parlamentares. A data do novo pleito ainda não foi definida, aumentando a instabilidade política no cenário holandês. Os ministros ligados a outros partidos devem continuar na administração temporária.
Geert Wilders utilizou as redes sociais para justificar a decisão de romper com a coalizão. Segundo o líder do PVV, a principal razão para o rompimento foi a recusa dos demais partidos em concordar com as propostas do PVV em relação às políticas de asilo e imigração.
“Nenhuma assinatura dos nossos planos sobre asilo”, declarou Wilders. “Nenhum ajuste ao acordo da coalizão. O PVV deixa a coalizão.” A atitude de Wilders é vista como uma estratégia para capitalizar sobre o crescente apoio à direita na Europa, buscando ampliar sua base eleitoral.
Schoof lamentou a decisão de Wilders, classificando-a como “irresponsável e desnecessária”. Em declarações à televisão, o agora ex-primeiro-ministro afirmou que o rompimento poderia ter sido evitado por meio de diálogo e negociação entre as partes envolvidas. A Holanda junta-se, assim, a outros países europeus que têm visto o crescimento da direita, como a Polônia, e a influência desta em governos como o da Alemanha.
Fonte: http://revistaoeste.com