A Ucrânia lançou uma série de ataques coordenados, mirando infraestruturas cruciais controladas pela Rússia. Na noite de segunda-feira, a ponte da Crimeia, que liga a Rússia à península anexada em 2014, foi danificada por explosões, marcando o terceiro ataque à estrutura desde o início do conflito. A ação demonstra a determinação de Kiev em interromper as linhas de abastecimento russas e pressionar Moscou em territórios ocupados.
O Serviço Secreto da Ucrânia (SBU) reivindicou a autoria do ataque, detalhando o uso de 1,1 mil kg de explosivos subaquáticos. Imagens da operação foram divulgadas, mostrando agentes infiltrados instalando os explosivos nas bases da ponte. “Já atingimos a ponte da Crimeia duas vezes, em 2022 e 2023”, declarou o chefe do SBU, tenente-general Vasyl Maliuk, sinalizando a continuidade da estratégia ucraniana.
De acordo com o SBU, a ponte encontra-se em “estado crítico”. Após o ataque, o tráfego de veículos foi interrompido, sendo retomado parcialmente no final do dia. Adicionalmente, o transporte marítimo foi suspenso na área de Sebastopol, um importante centro naval na Crimeia. A Ucrânia considera a ponte uma construção ilegal, utilizada para fins militares e logísticos pela Rússia.
Simultaneamente ao ataque à ponte, um blecaute de grande proporção atingiu regiões ocupadas do sul da Ucrânia, incluindo Kherson e Zaporíjia. Ataques com drones derrubaram o fornecimento de energia, afetando cerca de 700 mil pessoas. Este foi o maior apagão provocado por ação militar desde o início da guerra, intensificando a crise humanitária nas áreas controladas pela Rússia.
A estatal russa Rosatom informou que a usina nuclear de Zaporíjia, ocupada desde 2022, está operando com geradores para manter seus sistemas vitais em funcionamento. “A situação está sendo mantida estável com geradores, mas é complexa”, disse o presidente da empresa, Alexei Likhatchev, à agência RIA Novosti. A usina, a maior da Europa, depende de energia externa para garantir a segurança de suas operações.
Fonte: http://revistaoeste.com