sexta-feira, junho 6, 2025

Khamenei desafia EUA e reafirma que Irã não abrirá mão do enriquecimento de urânio

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O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, elevou a tensão com os Estados Unidos ao declarar, nesta quarta-feira (4), que o país não cederá à pressão para abandonar o enriquecimento de urânio. A declaração surge em meio a esforços para resolver a disputa nuclear de décadas, que Khamenei considera essencial para os interesses da República Islâmica. A firme resposta iraniana lança dúvidas sobre o futuro das negociações nucleares.

O ultimato de Khamenei frustra as esperanças de um possível acordo, especialmente após a apresentação de uma nova proposta dos EUA no último sábado (31), mediada por Omã. As negociações, lideradas pelo ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araqchi, e pelo enviado de Donald Trump para o Oriente Médio, Steve Witkoff, já haviam enfrentado impasses significativos em cinco rodadas anteriores.

As principais divergências giram em torno da insistência do Irã em manter o enriquecimento de urânio em solo nacional e da recusa em enviar seu estoque existente de urânio altamente enriquecido para fora do país. Este material é visto como um potencial precursor para o desenvolvimento de armas nucleares, preocupando potências ocidentais e Israel.

“O enriquecimento de urânio é a chave para o nosso programa nuclear, e os inimigos se concentraram nisso”, afirmou Khamenei em um discurso transmitido pela televisão. Ele criticou a postura dos EUA, argumentando que a exigência “contradiz a crença da nossa nação na autossuficiência e no princípio ‘Nós Podemos'”. O líder supremo questionou a legitimidade dos EUA em ditar as escolhas do Irã em relação ao seu programa nuclear.

Teerã insiste que seu programa nuclear tem fins pacíficos, buscando o domínio da tecnologia para aplicações civis, e nega veementemente as acusações de que almeja desenvolver armas nucleares. No entanto, a recusa em ceder nas negociações reacende as preocupações internacionais sobre as verdadeiras intenções do programa nuclear iraniano e o futuro da estabilidade regional.

A escalada da tensão ocorre em um momento delicado, com a retomada da política de “pressão máxima” de Trump contra Teerã, que inclui sanções econômicas severas e ameaças militares. A situação é agravada pela posição de Israel, que vê o programa nuclear iraniano como uma ameaça existencial e já ameaçou bombardear as instalações nucleares do país.

Fonte: http://www.cnnbrasil.com.br

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