O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), intensificou as medidas contra a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) nesta quarta-feira (4), expedindo um mandado de prisão preventiva. A Polícia Federal foi notificada para incluir o nome da parlamentar na lista de difusão vermelha da Interpol, marcando uma escalada nas tentativas de localizá-la e trazê-la de volta ao Brasil.
Além do mandado de prisão, Moraes determinou o bloqueio imediato do passaporte de Zambelli e solicitou à PF que inicie os procedimentos para acionar a Interpol com o objetivo de extraditar a deputada. A decisão surge após Zambelli divulgar sua localização nos Estados Unidos e planos de seguir para a Europa, o que, segundo Moraes, configuraria uma tentativa de fuga.
O ministro também ordenou o bloqueio de todas as contas bancárias de Zambelli, com um prazo de 24 horas para cumprimento da ordem pelo Banco Central. Adicionalmente, plataformas de redes sociais foram notificadas para suspender os perfis da deputada e de seus familiares, com um prazo de duas horas para efetivar o bloqueio. A Defensoria Pública da União (DPU) foi acionada para assumir a defesa de Zambelli, após a renúncia de seu advogado.
A decisão de Moraes pela prisão preventiva ocorreu um dia após o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). O ministro justificou sua decisão com base nas declarações de Zambelli à imprensa, nas quais ela manifestava a intenção de permanecer no exterior, o que, na visão de Moraes, demonstrava a intenção de se furtar à Justiça.
Em resposta às determinações judiciais, Zambelli classificou as medidas como inconstitucionais. “Não se pode pedir prisão de um deputado a não ser por flagrante delito de crime inafiançável. Então, a decisão dele não se aplica. Não poderia ser feita de forma monocrática. Ele vai contra nosso código de processo penal e nossa Constituição Federal”, declarou a deputada em nota.
Fonte: http://www.cnnbrasil.com.br