domingo, junho 8, 2025

Boxeadora Imane Khelif se retira de competição após novas regras de verificação de sexo

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A boxeadora argelina Imane Khelif, que conquistou o ouro nas Olimpíadas de Paris 2024, não participará da Eindhoven Box Cup, na Holanda. A ausência ocorre após a World Boxing introduzir uma nova política que exige testes genéticos para determinar o sexo biológico de todos os atletas. A medida reacende o debate sobre a elegibilidade de atletas intersexuais e transgêneros em competições femininas.

A atleta de 26 anos não se inscreveu para o torneio dentro do prazo estabelecido, que se encerrou poucos dias após o anúncio da nova exigência. A organização do evento lamentou a ausência de Khelif, destacando que a decisão de sua exclusão não partiu deles. “A World Boxing havia mencionado expressamente que Khelif deveria ser submetida a uma triagem para ser autorizada a lutar”, afirmou Dirk Renders, diretor de mídia da Eindhoven Box Cup.

A nova diretriz da World Boxing, implementada em 30 de maio, visa garantir a segurança e a igualdade de condições para todos os participantes. A política exige que atletas maiores de 18 anos realizem um teste genético para determinar o sexo biológico, com base na presença ou ausência do cromossomo Y. A medida gerou controvérsia e reacendeu discussões sobre a participação de atletas com variações de desenvolvimento sexual em competições femininas.

Informações vazadas após a medalha de ouro de Khelif nos Jogos de Paris revelaram que ela possui cromossomos XY e testículos internos. Um laudo clínico elaborado por hospitais em Paris e na Argélia identificou a condição como deficiência de 5-alfa redutase, um distúrbio genético que pode levar à designação feminina no nascimento, com sinais de masculinização evidentes na puberdade. Apesar disso, o Comitê Olímpico Internacional (COI) não exigiu exames cromossômicos para os Jogos de Paris, utilizando apenas a exigência de um marcador de sexo feminino em documentos oficiais.

Em 2023, um exame genético já havia mostrado a presença de cromossomos masculinos (XY) em Khelif, levando à sua exclusão do Campeonato Mundial de Boxe Feminino daquele ano. A vitória da atleta nos Jogos de Paris gerou repercussão, com a boxeadora italiana Angela Carini declarando que temeu por sua integridade física durante o combate. Khelif reafirma sua identidade como mulher e pretende disputar os Jogos Olímpicos de 2028, em Los Angeles, mas até o momento não apresentou documentação que comprove sua elegibilidade sob os novos critérios.

Fonte: http://revistaoeste.com

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